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Abstract
A legislação brasileira prevê a possibilidade de interrupção da gestação em casos de risco de vida materna, abuso sexual e anencefalia, permanecendo desamparadas gestantes de fetos com outras malformações congênitas incompatíveis com a vida. Dessa forma, esse artigo apresenta a opinião das mulheres não gestantes de um município do Norte do estado do Rio Grande do Sul, acerca da interrupção ou manutenção da gestação em malformações congênitas incompatíveis com a vida, no intuito de refletir condutas adequadas para o bem-estar físico e mental da mulher e familiares, no que concerne à escolha da interrupção da gestação e suas correlações socioeconômicas. Desse modo, foi realizada uma pesquisa de campo observacional, analítica-transversal, em 9 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município de Erechim, sob a forma de questionários. As participantes responderam questões como nível de escolaridade, remuneração, conhecimento sobre as malformações congênitas e opinião sobre a interrupção da gestação. A pesquisa foi aplicada em 122 mulheres com idade entre 18 e 49 anos, não grávidas, frequentadoras dessas UBS’s. Concluiu-se que 70% das participantes deste estudo apoiam a existência de escolha, por parte da mulher, pela interrupção ou não da gestação em caso de malformações congênitas incompatíveis com a vida. Sendo que, destas que apoiam, 86% são pertencentes à classe socioeconômica mais alta, com maior escolaridade e conhecimento sobre as implicações médicas das malformações congênitas.