Jéser Abílio de Souza, Ana Gabriela Pombo Celles Cordeiro, Raquel Conceição Santos
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Abstract
Quem pode falar pelo Estado? Apesar de o substantivo diplomata ser comum a dois gêneros, não se atribui à diplomacia características consideradas “femininas”, tampouco a própria figura de uma mulher. O presente artigo tem como objetivo contribuir com a discussão no campo da participação das mulheres no funcionalismo público, no âmbito da burocracia de alto escalão, mais especificamente a carreira diplomática. A principal questão diz respeito ao que está por trás das desigualdades estruturais e estruturantes no Ministério das Relações Exteriores(MRE) e no Instituto Rio Branco (Itamaraty), partindo do gênero como lente observamos (i) o histórico do ingresso de mulheres na carreira desde o Brasil republicano; (ii) as práticas que constituem o habitus e o ethos diplomático desde a formação no Itamaraty até a chegada ao MRE; e (iii) o contrato racial‐sexual que circunscreve as práticas de dominação na instituição.