{"title":"Aplicação do Aluminato de Estrôncio dopado com Térbio (Tb3+) como marcador luminescente e rastreador de munições","authors":"Talyta Silva Prado, P. N. M. D. Anjos","doi":"10.34140/bjbv6n2-025","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Tendo em vista os altos índices de homicídio cometidos através do uso de armas de fogo no Brasil, os peritos forenses tem como uma importante ferramenta, a caracterização de resíduos de tiro (GSR). No entanto, faltam metodologias analíticas eficazes para caracterização dos resíduos produzidos pela munição ambiental, desenvolvida com intuito de minimizar a intoxicação dos atiradores ao Chumbo. Para isso, pesquisadores propuseram a introdução de marcadores luminescentes às munições para auxiliar na identificação e coleta dos gsr e, na codificação e rastreamento das mesmas. Dessa forma, este artigo veio com a proposta de avaliar a eficácia do uso do aluminato de estrôncio dopado com Térbio como marcador luminescente, proveniente do método de polimerização por emulsão reversa, tendo em vista o teste realizado em diferentes pH’s: 0 e 4. Estes materiais foram introduzidos, individualmente, junto à pólvora no processo de montagem da munição e, posteriormente disparados. As análises dos gsr foram realizadas através da técnica de FTIR que mostraram para ambos pH’s um perfil de espectro semelhantes com picos característicos dos seus produtos de partida e, principalmente, a apresentação dos picos do aluminato de estrôncio que, por sua vez, se mantiveram estáveis mesmo durante o disparo. Posteriormente, através de uma análise quantitativa do FTIR verificou-se que, na faixa espectral de interesse, de 400 cm-1 a 800 cm-1, o pico em 620 cm-1 , característico do aluminato de estrôncio, não se sobrepôs a nenhum outro e, a partir dos valores de concentrações medidos experimentalmente das amostras dos resíduos foi possível estabelecer uma relação entre a concentração inicial e residual do aluminato após o disparo de arma de fogo, permitindo a descoberta da quantidade de pólvora usada no cartucho, assim como, o seu calibre. Dessa forma, mais uma vez, a eficiência do material quanto o seu caráter de marcador e rastreador de pólvora e de resíduos em munições foi provada de forma simples, direta e eficaz. \n ","PeriodicalId":504709,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Business","volume":"99 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-06-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Brazilian Journal of Business","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34140/bjbv6n2-025","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Tendo em vista os altos índices de homicídio cometidos através do uso de armas de fogo no Brasil, os peritos forenses tem como uma importante ferramenta, a caracterização de resíduos de tiro (GSR). No entanto, faltam metodologias analíticas eficazes para caracterização dos resíduos produzidos pela munição ambiental, desenvolvida com intuito de minimizar a intoxicação dos atiradores ao Chumbo. Para isso, pesquisadores propuseram a introdução de marcadores luminescentes às munições para auxiliar na identificação e coleta dos gsr e, na codificação e rastreamento das mesmas. Dessa forma, este artigo veio com a proposta de avaliar a eficácia do uso do aluminato de estrôncio dopado com Térbio como marcador luminescente, proveniente do método de polimerização por emulsão reversa, tendo em vista o teste realizado em diferentes pH’s: 0 e 4. Estes materiais foram introduzidos, individualmente, junto à pólvora no processo de montagem da munição e, posteriormente disparados. As análises dos gsr foram realizadas através da técnica de FTIR que mostraram para ambos pH’s um perfil de espectro semelhantes com picos característicos dos seus produtos de partida e, principalmente, a apresentação dos picos do aluminato de estrôncio que, por sua vez, se mantiveram estáveis mesmo durante o disparo. Posteriormente, através de uma análise quantitativa do FTIR verificou-se que, na faixa espectral de interesse, de 400 cm-1 a 800 cm-1, o pico em 620 cm-1 , característico do aluminato de estrôncio, não se sobrepôs a nenhum outro e, a partir dos valores de concentrações medidos experimentalmente das amostras dos resíduos foi possível estabelecer uma relação entre a concentração inicial e residual do aluminato após o disparo de arma de fogo, permitindo a descoberta da quantidade de pólvora usada no cartucho, assim como, o seu calibre. Dessa forma, mais uma vez, a eficiência do material quanto o seu caráter de marcador e rastreador de pólvora e de resíduos em munições foi provada de forma simples, direta e eficaz.