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Abstract
O presente artigo procura refletir sobre a universidade e a comunidade onde se encontra inserida. Por um lado, destaque é dado para a oferta formativa e para as possibilidades que são colocadas para os futuros alunos. Por outro lado, analisam-se as possibilidades de participação social da comunidade onde as mesmas se encontram inseridas. Neste sentido, examinam-se os processos atinentes à implantação da universidade em Moçambique e sua evolução, bem como as vagas disponibilizadas para a sua frequência. A pesquisa tem um carácter exploratório e descritivo cujo mote está assente no levantamento documental e bibliográfico. Os resultados apontam que a maior parte das vagas (58,4%) disponibilizadas pelas instituições de ensino superior com a denominação legal de universidade são reservadas a uma modalidade que implica o pagamento de taxas e/ou mensalidades, o que significa, de certa forma, a derrocada do público para dar lugar à privatização silenciosa. No mais, essa tendência privatista é efetuada sem olhar para a condição social da maioria dos alunos, o que faz com se torne numa instituição excludente. Conclui-se, deste modo, que há necessidade de uma maior participação no processo de tomada de decisões para a intercessão entre universidade e sua comunidade, permitindo, deste modo, maior participação social.