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Abstract
O presente artigo parte de uma abordagem hermenêutica para discussão sobre o saber-experiência, a partir das categorias de análise: a prática de formação continuada e o caráter de formação/supervisão/assessoria junto às escolas municipais.O campo empírico acontece na experiência junto à Secretaria Municipal de Educação, localizada numa cidade do interior de São Paulo, estado brasileiro. A análise argumentativa realizada se constitui como possibilidade de enfrentar, prioritariamente, o tema da formação docente a partir da compreensão sobre as lógicas que estruturaram a administração educacional – como uma formação “bancária”, a qual se organiza por meio da racionalidade técnica. Ou seja, a ideia de uma supervalorização de que há uns que sabem, neste caso, superviroes, que devem fiscalizar e definir o que os professores devem saber.É ponto fundante da construção desta análise, portanto, a experiência docente para a desconstrução da precariedade, do aligeiramento, das ideias mercadológicas que se agigantam e tentam sucumbir com um fazer pedagógico reflexivo e comprometido com o conhecimento e o desenvolvimento integral do outro. Assim, a ideia de, sabendo-nos determinados pelo conhecimento um dia adquirido, para transmiti-lo, é trazida no propósito de se lançar ao não entendido, ao não sabido, que se move para a desconstrução de suas certezas por meio da ação-reflexão-ação.