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Abstract
Se uma parte da filosofia ocidental contemporânea passou a considerar os animais não-humanos como dignos de reconhecimento moral, isto se deu em grande parte ao salto no entendimento ético no qual Arthur Schopenhauer contribuiu imensamente. Tal evento se deu da ética racionalista, das aparências, defendida pela filosofia tradicional, para a ética essencialista e extensionista das vivências pensadas pelo filósofo pessimista. Enquanto a ética tradicional baseia-se no ideal de dever – pela abstração, portanto restrito ao “eu”, a prolongar as relações de domínio e expansão da dor – a ética essencialista faz outro caminho. Pela via da intuição, a destronar a razão, é somente ao reconhecimento da unidade entre todos os seres por meio da vontade expressa em sofrimento que a ética pode ser verdadeira e, assim, anti-especista. Para compreender tais afirmações, dispomos do apoio teórico das pensadoras María Jesús Saravia San Martín e de Sônia Felipe.