Patrícia Ikeda, Enzzo Campagnaro, Gabriele Retondo de Natali, Felipe Barca Bragatto
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Abstract
A leucemia é uma neoplasia maligna caracterizada pela expansão clonal hematopoiética, com diagnóstico aventado quando há pelo menos 20% de blastos no hemograma. Apresenta oito subtipos classificados de M0 a M7, com sintomas iniciais inespecíficos, como sangramento oral, petéquias, febre e púrpura. O diagnóstico envolve uma combinação de exames laboratoriais para avaliar a eficácia do tratamento e o prognóstico dos pacientes. Esta revisão narrativa tem como intuito expor um relato de caso a fim de ressaltar a importância da conduta precoce frente a doença e reforçando a urgência hematológica em questão. Foram utilizadas bases de dados como SciELO e PUBMED e estudo do prontuário da paciente com artigos publicados de 2013 a 2024. P.R, sexo feminino, 45 anos, comparece ambulatório no HAOC, devido a alterações no hemograma. Há um mês apresentou astenia progressiva, parestesia periférica, pancitopenia e perda ponderal de aproximadamente 5,5 kg dentro dos últimos 6 meses. Nega sangramento ativo, adenomegalias, petéquias e febre. Exames laboratoriais revelaram anemia, trombocitopenia e aumento dos blastos sanguíneos, levando a suspeita de LA. A investigação adicional confirmou a presença de blastos mielomonocíticos com expressão positiva para CD13, CD33, e mieloperoxidase, e mutações genéticas associadas à Leucemia Mieloide Aguda (LMA). A presença de expressão anômala do antígeno CD56, mutações nos genes NRAS e CBFB, e cariótipo inv (16) corroboram com a suspeita. O diagnóstico foi confirmado e a paciente foi encaminhada para quimioterapia conforme protocolo padrão. A paciente foi tratada com quimioterapia seguindo o protocolo de indução 3+7, seguido de consolidação conforme resposta terapêutica e protocolos literários estabelecidos. A presença de mais de 20% de blastos em um hemograma é um alerta para a LMA, uma urgência hematológica que responde bem ao tratamento precoce, com altas taxas de cura. Homens adultos com sintomas inespecíficos e pancitopenia são mais afetados, exigindo a exclusão de diagnósticos diferenciais semelhantes. A LMA é uma neoplasia complexa e heterogênea, onde seu tratamento e evolução apresentam diversas singularidades, necessitando de um conhecimento médico amplo, recursos a profilaxias necessárias e o acesso às unidades de saúde com especialistas na área de hematologia.