Natália Teixeira Alvarenga, Anna Thais Sousa Gonçalves, Leticia Alves Filarde De Freitas, Lara Carolina Saganski, André Granzotto Campos, Gabriela do Prado Bonacin, Julia Stanziola Ferreira, Lucas de Barros Tomé, Pedro Guilherme Arantes Siqueira, Ricardo Lopes Coelho, Vitoria Mecca Lanza, Jean Carlos Fernando Besson, Larissa Cássia Silva, B. Maistro
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Abstract
Este artigo tem como objetivo a análise dos atuais critérios diagnósticos para a sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC), visto que ainda não há um protocolo bem definido para a investigação desta condição clínica, pautando apenas na exclusão de outras patologias como a doença celíaca e alergia ao trigo. Foram utilizados como descritores de busca as seguintes palavras: hipersensibilidade a trigo, diarreia, dor abdominal, dieta livre de glúten. Foram aplicados os operadores booleanos AND e OR, utilizados nos seguintes bancos de dados: Scielo e PubMed. Por fim, foram incluídas as publicações em língua portuguesa e inglesa no período compreendido nos últimos cinco anos, entre janeiro de 2019 a abril de 2024. A apresentação clínica da SGNC envolve uma variedade de sintomas, incluindo tanto sintomas intestinais quanto extraintestinais. Esses sintomas geralmente surgem após a ingestão de glúten/trigo e melhoram com sua interrupção. Os principais mecanismos fisiopatológicos da SGNC diante da exposição intestinal ao glúten e polifenóis descritos foram: resposta inflamatória imediada pelo glúten; disfunção da barreira intestinal; disbiose intestinal; resposta inflamatória imune. A remoção do glúten ou do trigo da dieta apresentou-se uma medida reforçada por muitos autores, de maneira que se apresenta como uma abordagem eficaz para o tratamento da SGNC. A falta de biomarcadores específicos e a inespecificidade dos sintomas tornam o diagnóstico uma tarefa difícil e muitas vezes baseada na exclusão de outras patologias relacionadas ao glúten. Por fim, a dieta sem glúten enfrenta dificuldades na adesão a longo prazo, custos elevados dos alimentos, além da possibilidade de provocar deficiências nutricionais. Além disso, a reintrodução controlada do glúten e a consideração da tolerância individual destacam a necessidade de uma abordagem personalizada e multidisciplinar no manejo da SGNC.