Carla Pizzuti Savian, Natália Lampert Batista, Benhur Pinós da Costa
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Abstract
A cidade é produto histórico, social e econômico das relações sociais, sendo um espaço em constante reestruturação (SPOSITO, 2002). Nessa perspectiva, determinantes históricos, econômicos e sociais são importantes. Diante disso, o presente trabalho aborda a relação entre violência contra as mulheres e o (não) Direito à Cidade, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ademais, no trabalho, reflete-se sobre como determinantes históricos e sociais, como as relações sociais nos sistemas capitalista e patriarcal negam o acesso das mulheres à vida urbana. Como objetivo geral, propõe-se discutir a relação entre os casos de violência contra as mulheres e o (não) Direito à Cidade, em Santa Maria/RS, durante o período de 2018 ao primeiro semestre de 2022. Além disso, utiliza-se metodologia quantitativa, cartografando e analisando dados de registros de ameaça, lesão corporal, assédio e importunação sexual contra as mulheres na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM/SM/RS). Com a presente pesquisa, identificou-se lugares de maior ocorrência dos crimes citados, e que representam perigo para mulheres moradoras de Santa Maria. Por fim, percebe-se que os casos de violência registrados no município fazem parte de um conjunto de práticas que segregam as mulheres, produzindo e reproduzindo espaços de maior ocorrência desses crimes e espaços que são localidades de medo, os quais as mulheres passam a não frequentar.