Carolina Padilha Kuhn, Heloísa Moreira Pestana de Medeiros, Maiara Grasiela Rossi, Neli Gehlen Motta, Samara Celestino Dos Santos, Larissa Wessling, Kairo Adriano Ribeiro de Carvalho, Kettlen Eduarda Gallina Dalabeta, Gabriela Suthovski, José Ricardo Furquim, Dalila Moter Benvegnú
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Abstract
Compreender o perfil de indivíduos privados de liberdade é fundamental para trabalhar alternativas que minimizem a reincidência. Assim, o estudo buscou levantar indicadores de saúde e perfil criminal em indivíduos privados de liberdade através de um estudo transversal, envolvendo 134 indivíduos de uma penitenciária do Estado do Paraná, Brasil. Foram analisadas variáveis sociodemográficas, indicadores de saúde, tipos de crimes, níveis de agressividade e reincidência. Ao todo, foi possível identificar um perfil jovem (35.93±12.54 anos), com baixa escolaridade (até 8 anos), sendo o principal crime contra a dignidade sexual (29.19%). Os indicadores de saúde revelaram que 11.94% apresentaram saúde excelente; 16.42% muito boa; 29.85% boa; 29.85% razoável e 11.19% ruim. Quanto ao perfil nutricional, o IMC foi de 27.37±5.34 kg/m², predominando indivíduos em estado de eutrofia (35.07%) e sobrepeso (33.58%). Em relação a saúde mental, a média de horas de sono foi de 7.82±2.38 horas/dia e grande parte dos indivíduos manifestaram sinais e sintomas de depressão (53.1%) e ansiedade (41.5%). Os preditores significativos de uma autopercepção negativa acerca da própria saúde foram a presença de depressão (Razão de chance [RC] = 6.31, IC95%: 1.39 – 28.54) e de ansiedade (RC = 4.83, IC95%: 1.26 – 18.39) que, juntos, explicaram cerca de 40% do desfecho. Logo, observa-se um perfil semelhante ao divulgado por dados nacionais, destacando-se a importância das políticas públicas no incentivo à educação, inserção social e formação profissional dos jovens para que não sejam aliciados pelo mundo do crime.