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Abstract
Este artigo busca analisar as infâncias e juventudes na contemporaneidade a partir da noção de governamentalidade democrática e do que aqui chamamos de infâncias e juventudes algoritmizadas – estas, a princípio, identificadas na Constituição Federal de 1988 e, posteriormente, enclausuradas em suas casas ao longo do período pandêmico. Parte-se das análises de Michel Foucault sobre governo das populações como efeito e maquinaria do biopoder capaz de produzir comportamentos e subjetividades. Considerando isso, analisa-se como as legislações brasileiras consolidaram a noção de infância e juventude como “etapa em desenvolvimento da cidadania recém-conquistada” desde a Constituição Federal de 1988. Problematiza-se a subjetivação produzida durante a pandemia do novo coronavírus, com seus consequentes distanciamentos sociais e a necessidade de promovera educação e a socialização em tela, além dos possíveis desdobramentos causados pela situação. Esta análise derivadas provocações vivenciadas durante o período pandêmico e de como as infâncias e juventudes, apartadas dos relacionamentos interpessoais presenciais, se desdobraram em infâncias e juventudes outras. Assim, conclui-se que as infâncias e juventudes alfabetizadas, escolarizadas e socializadas em tela são infâncias e juventudes algoritmizadas.