Os quilombos na diáspora e o papel da Arqueologia: lutas históricas e desafios, uma escrita na primeira pessoa.

Rosinalda Corrêa da Silva Simoni
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Abstract

A existência dos remanescentes de quilombo é atravessada por questões de raça e racismo, e vulnerabilidades sociais, culturais, históricas e, com isso, posso trazer minha história pessoal enquanto quilombola, na qual perceberão muito dos discursos registrados durante minhas pesquisas de campo em quilombos pela América. Considero que o papel social de qualquer ciência e organização deveria ser a promoção de reflexões que visem proporcionar mudanças sociais, políticas econômicas e comportamentais, e não é diferente com a arqueologia. Estamos longe de uma arqueologia afro centrada, porém muito mais perto do que antes. Acredito que a arqueologia pública traz nas suas premissas esse “recado”, também chamada por Engmann 2019 e Moraes 2021 de autoarqueologia; conceito que, quando aplicado, auxilia na compreensão dos processos de pesquisas arqueológica e sobretudo no reconhecimento e exercício do papel social da arqueologia. Assim, nesse artigo trago reflexões construídas a partir de minhas existências enquanto preta quilombola, enquanto pesquisadora arqueóloga, me fazendo valer dessa perspectiva perpassando pelas lutas e estratégias que vivencio na academia e fora dela. Tendo como base epistemológicas pesquisadores que se ocupam em compreender o papel social das ciências humanas, dentre elas a arqueologia, a exemplo de Moraes, Munanga Abdias, Lelia Gonzales, Milton Santos e tantos outros.
散居国外的前逃亡黑奴与考古学的作用:历史斗争与挑战》,以第一人称撰写。
前逃亡黑奴遗迹的存在与种族和种族主义问题,以及社会、文化和历史的脆弱性息息相关,因此,我可以提出我作为前逃亡黑奴的个人经历,通过这个故事,你可以了解我在美洲各地前逃亡黑奴遗址进行实地考察时记录的许多论述。我认为,任何科学和组织的社会角色都应该是促进旨在实现社会、政治、经济和行为变革的反思,考古学也不例外。我们离以非洲为中心的考古学还很远,但比以前更近了。我认为公共考古学在其前提中包含了这一 "信息",恩格曼(Engmann 2019)和莫赖斯(Moraes 2021)也将其称为自我考古学;这一概念的应用有助于理解考古研究的过程,最重要的是,有助于认识和发挥考古学的社会作用。因此,在这篇文章中,我带来了建立在我作为前逃亡黑奴、考古研究者的存在基础上的思考,通过我在学术界内外所经历的斗争和策略来利用这一视角。我的认识论基础是那些致力于理解包括考古学在内的人文科学的社会作用的研究人员,如莫里斯、穆南加-阿布迪亚斯、莱莉亚-冈萨雷斯、米尔顿-桑托斯等。
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