{"title":"A moda e seu ensino decolonial como tecnologias de encantamento para preservação das vestimentas indígenas no cotidiano","authors":"Julia Vidal, Júlia Muniz de Souza","doi":"10.26563/dobras.i40.1702","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo busca ampliar a conceituação da dimensão do vestir abordando as diversas formas de vestimentas indígenas como veículos que perpetuam símbolos, tradições, saberes e identidades, e fazem parte do processo de (re)existência cultural de sociedades que passaram por processos coloniais de genocídio. Como recorte etnográfico abordaremos formas de produção e representação das vestimentas dos povos Marajoara e Xavante, assim como as adaptações necessárias ao contexto urbano em contraposição às construções de significado e sentidos consolidadas nas subjetividades não indígenas, sob a ótica colonizadora. Através da pesquisa bibliográfica, de acervos de imagens, de relatos orais coletados em pesquisa de campo em aldeias e ao longo das aulas do curso de Moda Pluricultural, da Escola Ewà Poranga, pretendemos ampliar a compreensão sobre os vestires originários e do ensino de moda pluricultural como ferramentas decoloniais e antirracistas que fazem parte de um conjunto de ‘tecnologias de encantamento’ para a manutenção das existências das cosmologias indígenas na contemporaneidade.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"74 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-04-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26563/dobras.i40.1702","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo busca ampliar a conceituação da dimensão do vestir abordando as diversas formas de vestimentas indígenas como veículos que perpetuam símbolos, tradições, saberes e identidades, e fazem parte do processo de (re)existência cultural de sociedades que passaram por processos coloniais de genocídio. Como recorte etnográfico abordaremos formas de produção e representação das vestimentas dos povos Marajoara e Xavante, assim como as adaptações necessárias ao contexto urbano em contraposição às construções de significado e sentidos consolidadas nas subjetividades não indígenas, sob a ótica colonizadora. Através da pesquisa bibliográfica, de acervos de imagens, de relatos orais coletados em pesquisa de campo em aldeias e ao longo das aulas do curso de Moda Pluricultural, da Escola Ewà Poranga, pretendemos ampliar a compreensão sobre os vestires originários e do ensino de moda pluricultural como ferramentas decoloniais e antirracistas que fazem parte de um conjunto de ‘tecnologias de encantamento’ para a manutenção das existências das cosmologias indígenas na contemporaneidade.