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Abstract
Este artigo examina o surgimento do debate sobre decolonialidade no campo de es- tudos da moda no Brasil. Para tanto, promove uma discussão teórica colocando textos sobre moda em diálogo com outros produzidos a partir do pensamento decolonial. Inicialmente, é feita uma contextualização dos estudos pós-coloniais e decoloniais com base em artigos de Luciana Ballestrin (2013, 2017). Em seguida, são colocados em diálogo a dissertação da pesquisadora em moda Jamile Souza (2021) com textos de pesquisadoras que produzem pensamento decolonial no Brasil, Viviane Vergueiro (2018) e Geni Núñez (2018). Em seguida, analisa-se a primeira publicação acadêmica brasileira a questionar conceitos da moda a partir de teorias advindas de estudos da decolonialidade, de autoria de Heloisa Santos (2020), colocando-a em diálogo com dois artigos da edição Decoloniality and Fashion do jornal acadêmico britânico Fashion Theory; um escrito por Sandra Niessen (2020) e outro por Angela Jansen (2020). As categorias raça e gênero foram identificadas como eixos de intersecção entre os estudos decoloniais e os estudos de moda no Brasil. O tema da revisão do próprio conceito de moda se mostrou importante em alguns textos citados e é analisado neste artigo, bem como seus pontos críticos.