Bernardo de Pinho Tavares Dornela, Antônio Gilberto Costa
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Abstract
Contrapondo-se ao que ocorreu no centro-oeste do território mineiro — onde a descoberta aurífera levou à intensa ocupação e exploração, bem como à dizimação dos povos nativos —, que se consolidou como um distrito minerador nas Minas Gerais, a porção leste do território permaneceu, por considerável período de tempo, ainda mais distante das “mãos” do poder colonizador. Isso fez com que ali se concentrasse a maior parte da presença e da resistência dos povos indígenas da capitania mineira, sobreviventes daquele ímpeto. A partir da segunda metade do século XVIII, no entanto, os novos rumos da dinâmica econômica da capitania fazem esse quadro se alterar, colocando o “sertão leste” nas vistas governamentais como alternativa para a dinamização da economia. O avanço da invasão e da ocupação de terras indígenas na região, baseado em processos de guerra e suposta pacificação, é observado por meio de diversos documentos cartográficos históricos, produzidos entre a segunda metade dos Setecentos e dos Oitocentos joaninos. Analisados à luz dos acontecimentos interpretados por diversos autores, esses documentos tornam-se importantes fontes de pesquisa e entendimento do que ocorreu aos indígenas do leste mineiro.