Amanda Maria Ramos Lopes, Marina De Mattos Dantas, Silvio Bitencourt da Silva
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Abstract
O artigo se trata de um recorte da pesquisa “Assédio no estádio de futebol: Impactos no lazer das torcedoras”. Ele tem o objetivo de evidenciar a análise realizada na pesquisa, sobretudo sobre as estratégias que as torcedoras buscam para poderem frequentar o estádio de futebol. No estudo como um todo, utilizou-se primeiramente questionários aplicados a 151 torcedoras em Belo Horizonte. Posteriormente, foram realizadas 12 entrevistas semiestruturadas com mulheres selecionadas pelo questionário, por terem afirmado que já foram vítimas de assédio no Mineirão. Por meio de categorizações e das transcrições das entrevistas, evidenciou-se que o assédio de fato acontece no Mineirão e que, para continuar frequentando, as torcedoras buscam estratégias que as façam se sentir mais seguras. Dentre elas, foi recorrente o não uso de roupas curtas ou que evidenciem a silhueta do corpo feminino, a mudança de setor e a busca por acompanhantes, principalmente do sexo masculino, durante a experiência. Constatou-se que algumas dessas estratégias possuem fundamento enquanto outras não necessariamente são eficazes. Concluiu-se que o estádio de futebol ainda é um ambiente hostil para as mulheres. Mesmo elas resistindo, a lógica machista de que aquele lugar não as pertence perpetua e se renova, o que faz com que elas tenham que mudar seus comportamentos para terem segurança.