Avaliação do crescimento, desenvolvimento e comportamento fotossintético da erva-mate (Ilex paraguariensis) sob diferentes concentrações de zinco no solo
Luana Müller de Souza, Laura Helena Rehbein, D. Miquelluti, M. Campos
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Abstract
A erva-mate (Ilex paraguariensis Saint Hilaire), possui grande importância socioeconômica no Sul do Brasil, sendo consumida, principalmente, na forma de extratos como chimarrão e chás, além do uso na indústria farmacêutica, alimentícia e cosmética. No entanto, deve-se ter segurança para consumi-la devido a possíveis contaminações por elementos tóxicos e outros resíduos, uma vez que, as infusões têm a capacidade de extrair componentes solúveis em água, principalmente elementos tóxicos. A presença de elementos contaminantes tais como o zinco (Zn) ocorre, geralmente, devido a contaminação do solo por meio de fertilizantes ou águas poluídas pela ação industrial ou de mineração. Portanto, é importante que se conduzam estudos visando-se avaliar a absorção e acumulação de zinco nas diferentes partes da planta de erva-mate. Os tratamentos foram distribuídos obedecendo-se um delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. O solo foi acondicionado nas unidades experimentais, constituídas por vasos com capacidade de 4,0 kg, e efetuada a aplicação dos tratamentos de Zn, na forma de cloreto de zinco (ZnCl₂), equivalentes a 0, 300, 600, 900 e 1200 mg.kg-1 de Zn. Foram utilizadas mudas clonais de erva-mate (Ilex paraguariensis), realizado a correção e adubação conforme recomendação para a cultura. O experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Foram avaliados os parâmetros de crescimento e desenvolvimento foliar, índice SPAD, determinação da tolerância protoplasmática do tecido foliar, avaliação dos parâmetros fotossintéticos e análise radicular. Conforme o aumento das concentrações de Zn aplicadas no solo, resultou aumento do Zn na parte aérea e inibiu o crescimento e desenvolvimento radicular. O aumento das doses de Zn aplicadas no solo, não afetou a altura das mudas, número de folhas, tolerância protoplasmática, taxa fotossintética, transpiração e no índice SPAD. Houve acumulação de Zn nas raízes, ocasionando modificação da arquitetura radicular das plantas.