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Abstract
A Política Nacional de Recursos Hídricos estabeleceu a água como sendo um recurso limitado e dotado de valor econômico. Contudo, a difusão deste fundamento é colocada em questão em contextos rurais. Diante disto, buscou-se analisar como a concepção do valor econômico da água ressoa das instâncias criadas para a gestão dos recursos hídricos até os gestores públicos que atuam a nível local e, destes, para os usuários rurais de água. Para tanto, foram entrevistados gestores públicos dos quatro municípios que englobam o território de Minas Gerais do Sistema Cantareira. Identificou-se que os gestores públicos assimilaram a concepção do valor econômico da água como base para promover sua gestão em áreas rurais, especialmente por perceberem que não há processos de gestão nestas áreas e por participarem ativamente dos comitês de bacias hidrográficas. No entanto, o próprio arranjo institucional criado pela PNRH não possibilita que estes gestores atuem para que esta concepção seja transmitida aos usuários rurais. A não difusão do valor econômico da água abre oportunidades para se repensar a predominância do valor econômico sobre outros valores que embasam a gestão da água em contextos rurais.