Rodrigo Daniel Sanches, Julio Alves Lima de Castro Leite
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Abstract
Partindo de experiências midiáticas envolvendo a imagem feminina, a reflexão aqui proposta busca investigar e compreender, desde 2014 até hoje, como a silhueta da mulher está sendo desenhada, moldada e (re)significada para circular na ambiência midiática, constituindo uma história do presente (sobre o corpo feminino). Portanto, questionamos: como funcionam as imagens que interpelam a mulher na atualidade, naturalizando sentidos sobre corpo, beleza e sucesso? O que um corpo, na atualidade, deve apresentar para ser considerado belo? Como a mídia, espaço privilegiado de reprodução e circulação de imagens, discursiviza o corpo feminino? Nos últimos nove anos, o que mudou em relação aos estereótipos sobre o corpo feminino? Para responder a tais questionamentos, mobilizaremos os pressupostos teórico-metodológicos de Kamper (as máquinas de olhar), AUTOR (economia da sedução e atenção), Lipovetsky (estética da leveza), Lipovetsky e Serroy (capitalismo transestético) e AUTOR (texto midiático das novas dietas, beleza e boa forma). Os resultados apontam que, em aproximadamente dez anos, a imagem do corpo feminino na mídia continua sendo (re)significado de maneira praticamente idêntica. Os estereótipos operam na lógica da estética da magreza. Transformado em imagens, o corpo vem perdendo sua essência natural e histórica. A história do presente do corpo feminino revela-se um presente impossível: as imagens conseguem se livrar dos corpos, já o contrário demonstrou-se impossível.