{"title":"A Fundamentação psicológica do pensamento de Michael Young e Dermeval Saviani: uma defesa do conhecimento poderoso/clássico","authors":"Patricia Nascimento Marques, Emerson Chaves Ferreira Gomes","doi":"10.14393/obv7n3.a2023-68120","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A função da escola, sua relação com o conhecimento e a construção do currículo são temáticas debatidas por diversos pesquisadores da educação. Michael Young (2007b) apropriou-se de estudos sobre sociologia e construção do conhecimento a partir de Durkheim e Vigotski para elaborar uma defesa do conhecimento poderoso nos currículos. Em países distintos e com embasamento que ora diverge e ora converge, Dermeval Saviani (1999) elaborou a Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) um currículo baseado no conhecimento clássico, considerado pelo autor condição para libertação. Após levantamento bibliográfico da produção desses autores e demais pesquisadores do currículo na perspectiva da PHC, o presente estudo identificou semelhanças nas elaborações quanto às concepções de escola e de conhecimento escolar. A busca na fundamentação dessa semelhança resultou na identificação do embasamento psicológico adotado em ambas as perspectivas: a psicologia vigotskiana. A partir da análise das produções dos autores estudados, concluímos que a base psicológica que fundamenta o argumento em defesa do conhecimento poderoso/clássico para o desenvolvimento do pensamento do indivíduo é a psicologia proposta por Liev Vigotski. Ressaltamos ainda como as contribuições desses pensadores devem ser consideradas no processo de elaboração do currículo escolar para o enfrentamento ao relativismo e obscurantismo que vivenciamos na atualidade.","PeriodicalId":516626,"journal":{"name":"Obutchénie. Revista de Didática e Psicologia Pedagógica","volume":"21 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Obutchénie. Revista de Didática e Psicologia Pedagógica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/obv7n3.a2023-68120","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A função da escola, sua relação com o conhecimento e a construção do currículo são temáticas debatidas por diversos pesquisadores da educação. Michael Young (2007b) apropriou-se de estudos sobre sociologia e construção do conhecimento a partir de Durkheim e Vigotski para elaborar uma defesa do conhecimento poderoso nos currículos. Em países distintos e com embasamento que ora diverge e ora converge, Dermeval Saviani (1999) elaborou a Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) um currículo baseado no conhecimento clássico, considerado pelo autor condição para libertação. Após levantamento bibliográfico da produção desses autores e demais pesquisadores do currículo na perspectiva da PHC, o presente estudo identificou semelhanças nas elaborações quanto às concepções de escola e de conhecimento escolar. A busca na fundamentação dessa semelhança resultou na identificação do embasamento psicológico adotado em ambas as perspectivas: a psicologia vigotskiana. A partir da análise das produções dos autores estudados, concluímos que a base psicológica que fundamenta o argumento em defesa do conhecimento poderoso/clássico para o desenvolvimento do pensamento do indivíduo é a psicologia proposta por Liev Vigotski. Ressaltamos ainda como as contribuições desses pensadores devem ser consideradas no processo de elaboração do currículo escolar para o enfrentamento ao relativismo e obscurantismo que vivenciamos na atualidade.