{"title":"Galeão através dos tempos: escravidão e resistência quilombola no Baixo Sul baiano","authors":"Iara Gonçalves dos Anjos","doi":"10.22481/politeia.v22i1.13565","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho discute o tecido social da comunidade quilombola de Galeão, localizada no município de Cairu, no Baixo Sul Baiano, desde as primeiras décadas do século XIX. Galeão é uma comunidade rural, descendente de africanos escravizados, que há séculos desenvolveu um modo particular de resistir ao tempo e manter suas memórias e tradições. Compreender as minhas origens, enquanto quilombola e pesquisadora da comunidade, demandou uma análise minuciosa de referenciais teóricos, dos relatos das fontes orais, que nos reportaram, a partir de suas memórias, às experiências dos antepassados e, sobretudo, de um registro histórico de 1832, recuperado no Arquivo público do Estado da Bahia (APEB) pelo arqueólogo Fábio Guaraldo Almeida. Essas evidências descortinaram a estrutura social de Galeão e as tramas históricas que entrelaçam diferentes temporalidades, bem como a luta dos quilombolas do passado para romperem com as imposições do sistema opressor escravista.","PeriodicalId":337821,"journal":{"name":"Politeia - História e Sociedade","volume":"192 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Politeia - História e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22481/politeia.v22i1.13565","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente trabalho discute o tecido social da comunidade quilombola de Galeão, localizada no município de Cairu, no Baixo Sul Baiano, desde as primeiras décadas do século XIX. Galeão é uma comunidade rural, descendente de africanos escravizados, que há séculos desenvolveu um modo particular de resistir ao tempo e manter suas memórias e tradições. Compreender as minhas origens, enquanto quilombola e pesquisadora da comunidade, demandou uma análise minuciosa de referenciais teóricos, dos relatos das fontes orais, que nos reportaram, a partir de suas memórias, às experiências dos antepassados e, sobretudo, de um registro histórico de 1832, recuperado no Arquivo público do Estado da Bahia (APEB) pelo arqueólogo Fábio Guaraldo Almeida. Essas evidências descortinaram a estrutura social de Galeão e as tramas históricas que entrelaçam diferentes temporalidades, bem como a luta dos quilombolas do passado para romperem com as imposições do sistema opressor escravista.