{"title":"FRANCIS KÉRÉ: ARQUITETURA COMO LUGAR AMENO NOS TRÓPICOS ENSOLARADOS","authors":"Fabiano José Arcadio Sobreira","doi":"10.21680/2448-296x.2024v9n1id33150","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Brasil e Burkina Faso: territórios ao mesmo tempo distantes e próximos em cultura, geografia e arquitetura. Este ensaio trata de aproximações e propõe uma leitura das obras do arquiteto burquinês Francis Kéré, a partir do roteiro proposto em 1976 pelo pernambucano Armando de Holanda, sobre a \"arquitetura como lugar ameno nos trópicos ensolarados\". Grande parte do território brasileiro, em especial a região Nordeste e parte das regiões Centro-Oeste e Norte, se inserem na mesma faixa climática do território de Burkina Faso, áreas que podem ser identificadas pelo que Holanda definiu como \"trópicos ensolarados\". Apesar de incluírem variações e peculiaridades - que vão do tropical ao semiárido e o equatorial úmido, no caso do Brasil, e das savanas, estepes e desertos no caso do país africano - apresentam características que demandam estratégias comuns de projeto, construção e relação com a natureza, como aquelas recomendadas por Holanda e praticadas por Kéré. Este ensaio propõe um percurso a partir dos nove passos do roteiro proposto por Armando de Holanda, como meio de aproximação sobre as obras de Francis Kéré: (1) criar uma sombra; (2) recuar as paredes; (3) vazar os muros; (4) proteger as janelas; (5) abrir as portas; (6) continuar os espaços; (7) construir com pouco; (8) conviver com a natureza; (9) construir frondoso.","PeriodicalId":328756,"journal":{"name":"Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente","volume":"64 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21680/2448-296x.2024v9n1id33150","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Brasil e Burkina Faso: territórios ao mesmo tempo distantes e próximos em cultura, geografia e arquitetura. Este ensaio trata de aproximações e propõe uma leitura das obras do arquiteto burquinês Francis Kéré, a partir do roteiro proposto em 1976 pelo pernambucano Armando de Holanda, sobre a "arquitetura como lugar ameno nos trópicos ensolarados". Grande parte do território brasileiro, em especial a região Nordeste e parte das regiões Centro-Oeste e Norte, se inserem na mesma faixa climática do território de Burkina Faso, áreas que podem ser identificadas pelo que Holanda definiu como "trópicos ensolarados". Apesar de incluírem variações e peculiaridades - que vão do tropical ao semiárido e o equatorial úmido, no caso do Brasil, e das savanas, estepes e desertos no caso do país africano - apresentam características que demandam estratégias comuns de projeto, construção e relação com a natureza, como aquelas recomendadas por Holanda e praticadas por Kéré. Este ensaio propõe um percurso a partir dos nove passos do roteiro proposto por Armando de Holanda, como meio de aproximação sobre as obras de Francis Kéré: (1) criar uma sombra; (2) recuar as paredes; (3) vazar os muros; (4) proteger as janelas; (5) abrir as portas; (6) continuar os espaços; (7) construir com pouco; (8) conviver com a natureza; (9) construir frondoso.