O silêncio faz-se verbo costurado na pele: reflexões sobre memória e corporalidade a partir do visual feminino na sangria malencar(n)ada de Luiza Romão

Isaac GImenez
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Abstract

Pensamos que Sangria (2017), de Luiza Romão, merece maior atenção crítica, não só no plano literário mas também no performativo-visual. Através da representação visual do corpo violentado e do silenciamento feminino, Sangria denuncia o trauma histórico herdado e aponta a ruptura com a linguagem verbal como passo prévio à criação de novas genealogias histórico-culturais sob uma perspectiva de gênero. Assim, optamos por uma leitura expandida centrada em dois aspectos fundamentais da obra: o corpo como locus a partir do qual se trabalha o tensionamento da escrita, da reescrita e da sobrescrita, na página e na pele; e o nome próprio (Brasil, Pau-Brasil) como epítome do pensamento masculino, base da história nacional e, portanto, da memória coletiva. A nossa conversa crítica propõe um diálogo entre o livro-calendário de Luiza Romão, obras de artistas pioneiras no campo da performance e o modernismo brasileiro.
沉默成为缝在皮肤上的动词:基于路易莎-罗芒的 "sangria malencar(n)ada "中的女性视觉对记忆和肉体的思考
我们认为,路易莎-罗芒(Luiza Romão)的作品《桑格里亚》(Sangria,2017年)不仅在文学层面,而且在表演-视觉层面,都值得给予更多批评性关注。通过对被侵犯的身体和女性沉默的视觉呈现,《桑格里亚》谴责了传承下来的历史创伤,并指出与口头语言的决裂是从性别视角创建新的历史文化谱系的先行步骤。因此,我们选择以作品的两个基本方面为中心进行扩展阅读:身体是书写、重写和过度书写的张力所在,书写在纸上,重写在皮肤上;专有名称(巴西、波巴西)是男性思想的缩影,是国家历史的基础,因此也是集体记忆的基础。我们的批评性对话建议在 Luiza Romão 的日历书、表演领域先锋艺术家的作品和巴西现代主义之间展开对话。
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