{"title":"Do problema ecológico de Ngoenha à liberdade para o desenvolvimento sustentável: em busca de uma Cultura de Sustentabilidade","authors":"Alba Paulo Mate, C. Manguele","doi":"10.34140/bjbv6n1-013","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Moçambique é parte de um mundo que se recente das mudanças climáticas, fruto de uma busca quase irracional de um desenvolvimento, diga-se, económico, com uso “irracional” da ciência e técnica, numa exploração desenfreada da natureza. Como diz Ngoenha, uma ameaça para o homem do futuro (e até de hoje) e uma razão, que entendemos, suficiente para discutir a sustentabilidade. Aliás, para responder às suas necessidades, o homem, ancorado à sua racionalidade, problematiza, discute e define caminhos em busca da sua sobrevivência. Neste artigo, a questão que se propõe responder, face à complexidade dos problemas de desenvolvimento que se vive e que impõe reflexões a nível mundial para preservar o que a humanidade já construiu e aos cada vez menos (e ameaçados) recursos disponíveis na natureza que indiciam um possível colapso da sobrevivência humana, resume-se no tipo de desenvolvimento alcançado, que se pensa hoje e se espera no futuro. A Educação, sobretudo formal e sistemática, vista tanto como espaço de transmissão da cultura necessária para a sobrevivência das gerações, quanto como espaço de ciência, é, sem dúvidas, um campo apropriado para problematizar a sustentabilidade. Este artigo, entretanto, propõe-se a fundamentar a importância da Educação no desenvolvimento de uma cultura de sustentabilidade, indispensável para qualquer desenvolvimento sustentável discutindo a sua possibilidade. Baseados em uma pesquisa do tipo bibliográfica, reconhece-se o problema ecológico discutido por Ngoenha e se defende a ideia de uma educação libertadora, aludindo, por exemplo, a pedagogia Freiriana, e dando ênfase a concepção de desenvolvimento de Amartya Sen baseada na liberdade. A liberdade, enquanto consciência do eu (nós hoje) e do outro (outros amanhã), fruto de reflexão que resulta da educação, é, assim, a condição para criação de uma Cultura de Sustentabilidade sem a qual não se pode pensar num desenvolvimento sustentável.","PeriodicalId":500271,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Business","volume":"27 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-02-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Brazilian Journal of Business","FirstCategoryId":"0","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34140/bjbv6n1-013","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Moçambique é parte de um mundo que se recente das mudanças climáticas, fruto de uma busca quase irracional de um desenvolvimento, diga-se, económico, com uso “irracional” da ciência e técnica, numa exploração desenfreada da natureza. Como diz Ngoenha, uma ameaça para o homem do futuro (e até de hoje) e uma razão, que entendemos, suficiente para discutir a sustentabilidade. Aliás, para responder às suas necessidades, o homem, ancorado à sua racionalidade, problematiza, discute e define caminhos em busca da sua sobrevivência. Neste artigo, a questão que se propõe responder, face à complexidade dos problemas de desenvolvimento que se vive e que impõe reflexões a nível mundial para preservar o que a humanidade já construiu e aos cada vez menos (e ameaçados) recursos disponíveis na natureza que indiciam um possível colapso da sobrevivência humana, resume-se no tipo de desenvolvimento alcançado, que se pensa hoje e se espera no futuro. A Educação, sobretudo formal e sistemática, vista tanto como espaço de transmissão da cultura necessária para a sobrevivência das gerações, quanto como espaço de ciência, é, sem dúvidas, um campo apropriado para problematizar a sustentabilidade. Este artigo, entretanto, propõe-se a fundamentar a importância da Educação no desenvolvimento de uma cultura de sustentabilidade, indispensável para qualquer desenvolvimento sustentável discutindo a sua possibilidade. Baseados em uma pesquisa do tipo bibliográfica, reconhece-se o problema ecológico discutido por Ngoenha e se defende a ideia de uma educação libertadora, aludindo, por exemplo, a pedagogia Freiriana, e dando ênfase a concepção de desenvolvimento de Amartya Sen baseada na liberdade. A liberdade, enquanto consciência do eu (nós hoje) e do outro (outros amanhã), fruto de reflexão que resulta da educação, é, assim, a condição para criação de uma Cultura de Sustentabilidade sem a qual não se pode pensar num desenvolvimento sustentável.