Lucélia Rodrigues Afonso, Stefane Vieira Nobre, Marcelo Gurgel Carlos Da Silva
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Abstract
Objetivos: Analisar os custos das infecções no primeiro ano pós-transplante de células-tronco hematopoiéticas. Métodos: Estudo transversal analítico desenvolvido através dos dados de pacientes que tiveram diagnóstico de câncer hematológico e foram submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas no primeiro ano de transplante, que realizaram transplante de células-tronco hematopoiéticas no ano de 2018 com idade igual ou superior a 18 anos. Foram realizadas análises descritivas e de correlação entre as variáveis. Resultados: Dos 71 pacientes, 36 apresentaram infecções. A maior média de gasto foi para os tipos haploidênticos (44% versus 9%, p<0,001) e com relação à doença de base, o grupo que apresentou infecções tinha maior frequência de leucemias (42% versus 14%, p=0,012). Parâmetros relacionados ao mal prognóstico como, três ou mais internações (22% versus 3%, p=0,04), maior tempo de permanência no hospital (22,5 [AIQ= 21 – 55] versus 19 [AIQ=16 – 23] dias, p<0,001) e maior frequência de óbito (42% dessas 14%, p=0,01), tiveram relacionados com a presença de infecção. O grupo que tem infecções apresentou uma mediana alta em relação ao grupo que não teve infecções (5 5519,8 (25 618,8 – 73 806,6) versus 23 872,5 (23 657,7 – 24 927,6) reais, p<0,001). Conclusões: As infecções representam um dos principais obstáculos no sucesso dos transplantes, com elevada quantidade de pacientes que foram a óbito e que desenvolveram complicações, onerando os custos com internações e procedimentos.