Eguimar Felício Chaveiro, Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonçalves, R. Borges
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Abstract
Interpretar as estruturas e as circunstâncias espaciais pelas quais os povos indígenas do Cerrado goiano, especificamente os povos Karajá em Aruanã - GO, estabelecem relações com a alimentação, é o objetivo do presente artigo. As reflexões são instigadas pela seguinte problemática: que mudanças têm ocorrido na alimentação indígena? A problemática direta é: como os povos Karajá em Aruanã, territorializados às margens do rio Araguaia, desenvolvem estratégias de produção de alimentos no contexto espacial em que se situam? As reflexões apresentadas neste artigo têm como suportes metodológicos os trabalhos de campo, o levantamento de dados do Instituto Mauro Borges (IMB), a interlocução direta com pesquisadores de vários campos de saber, assim como orientação em nível da graduação, mestrado e doutoramento. O alicerce teórico baseia-se na abordagem territorial do Cerrado. A partir de um entrelaçamento de escalas, essa perspectiva empreende a leitura do Cerrado, dos seus sujeitos e de seus problemas, observando a ação dos atores no bioma conforme suas estratégias de poder e de domínio espacial. Considera-se, ainda, que o alimento, vinculado aos estratos enraizadores dos povos tradicionais, tem se tornado, mediante a formação dos impérios agroalimentares, uma forma de domínio da cultura indígena e de sua subordinação.