Caroline Aparicio Dutra de Souza Pereira, K. Hamza, G. Nobre, A. Ribeiro
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Abstract
Existe uma transformação nos hábitos alimentares de um grupo de consumidores, o que pode levar a um consumo mais sustentável em escala mais ampla, vinculado a uma redução no consumo de carne, porém de maneira mais flexível e menos restritiva em comparação ao vegetarianismo. Esse fenômeno é chamado de flexitarianismo. O objetivo deste estudo é analisar os processos de adaptação à nova dieta flexível sob a perspectiva da Teoria do Paradigma do Curso de Vida. Foi conduzida uma pesquisa qualitativa na qual foram realizadas 24 entrevistas semiestruturadas com pessoas que adotaram o estilo de vida flexitariano. Os resultados mostraram que ter no ciclo relacional vegetarianos contribuiu para a decisão de mudança no futuro e permitiu o acesso à informação relacionada a danos causados ao meio ambiente. Em relação ao momento efetivo da mudança, a preocupação com a saúde foi o principal motivador, seguido pelas preocupações ambientais. Na fase de adaptação à mudança, a situação econômica e os preços elevados da carne emergiram nos relatos como fatores que facilitaram a redução do consumo. Além disso, o papel social de cônjuge foi identificado como um elemento relacionado à adoção de comportamentos mais sustentáveis. Também foi observada uma maior preocupação com a origem dos alimentos nos relatos dos participantes. Como sugestão para estudos futuros, sugere-se investigar a questão da identidade e dos sentimentos envolvidos no processo de redução do consumo de carne.