{"title":"Sobre fantasmas e o paraíso (perdido) dos historiadores: breves comentários sobre espectralidade do passado e a história do presente","authors":"Arthur Lima de Avila","doi":"10.5007/2175-7976.2023.e97358","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente texto oferece alguns breves comentários teóricos sobre as noções de espectralidade do passado e história do presente, apontando, por meio de uma discussão crítica sobre o realismo ontológico hegemônico na historiografia disciplinada moderna e sua dependência de formas de temporalização, sincronização e representação históricas que não parecem mais tão convincentes diante da percepção de vários sujeitos subalternizados de que o tempo é acumulação, não passagem. A partir daí, o texto, ancorado em alguns exemplos historiográficos recentes, esboça a ideia de “dessincronização crítica” não só como uma alternativa ao realismo ontológico hegemônico, mas também como um reconhecimento teórico da inevitabilidade da representação no que concerne à escrita da história.","PeriodicalId":170801,"journal":{"name":"Esboços: histórias em contextos globais","volume":"55 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Esboços: histórias em contextos globais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-7976.2023.e97358","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente texto oferece alguns breves comentários teóricos sobre as noções de espectralidade do passado e história do presente, apontando, por meio de uma discussão crítica sobre o realismo ontológico hegemônico na historiografia disciplinada moderna e sua dependência de formas de temporalização, sincronização e representação históricas que não parecem mais tão convincentes diante da percepção de vários sujeitos subalternizados de que o tempo é acumulação, não passagem. A partir daí, o texto, ancorado em alguns exemplos historiográficos recentes, esboça a ideia de “dessincronização crítica” não só como uma alternativa ao realismo ontológico hegemônico, mas também como um reconhecimento teórico da inevitabilidade da representação no que concerne à escrita da história.