{"title":"Espectros de la colonialidad-racialidad y los tiempos plurales de lo mismo","authors":"Maria da Glória de Oliveira","doi":"10.5007/2175-7976.2023.e93507","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo propõe uma discussão sobre a historiografia como prática de codificação de passados “outros”, de sincronização de sujeitos subalternos e temporalidades plurais, forjada como um dos arsenais de representação mobilizados nas lutas sociais por reconhecimento, justiça e reparação histórica. A despeito de suas variações contextuais, as demandas coletivas por inclusão e visibilidade despontam como desafios permanentes que evidenciam os efeitos excludentes e hierarquizantes das políticas de temporalização da história disciplinada, assinalando uma coexistência litigiosa no presente de “dívidas impagáveis” do passado. O argumento central que pretendo explorar é o de que, nesses casos, o espectro da colonialidade-racialidade mantém-se como vetor de hierarquização, subalternização e (des)sincronização temporal, na mesma medida em que embaralha a descontinuidade histórica ou qualquer distância temporal rigorosa entre o passado e o presente.","PeriodicalId":170801,"journal":{"name":"Esboços: histórias em contextos globais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Esboços: histórias em contextos globais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-7976.2023.e93507","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo propõe uma discussão sobre a historiografia como prática de codificação de passados “outros”, de sincronização de sujeitos subalternos e temporalidades plurais, forjada como um dos arsenais de representação mobilizados nas lutas sociais por reconhecimento, justiça e reparação histórica. A despeito de suas variações contextuais, as demandas coletivas por inclusão e visibilidade despontam como desafios permanentes que evidenciam os efeitos excludentes e hierarquizantes das políticas de temporalização da história disciplinada, assinalando uma coexistência litigiosa no presente de “dívidas impagáveis” do passado. O argumento central que pretendo explorar é o de que, nesses casos, o espectro da colonialidade-racialidade mantém-se como vetor de hierarquização, subalternização e (des)sincronização temporal, na mesma medida em que embaralha a descontinuidade histórica ou qualquer distância temporal rigorosa entre o passado e o presente.