{"title":"Das aporias da espectralidade à emergência do sublime decolonial: os (des)caminhos da subjetivação e da diferença","authors":"Andrea da Silva Ramos","doi":"10.5007/2175-7976.2023.e97401","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo toma como ponto de partida as reflexões decoloniais realizadas por Maria da Glória de Oliveira e visa tematizar como contemporaneamente os campos da teoria da história e da história da historiografia no Brasil são confrontados a responderem às linguagens do trauma, do luto e da cura que desafiam os cânones disciplinares. Em um primeiro momento, procuro situar a especificidade da discussão promovida por Maria da Glória de Oliveira em meio a reflexões (in)disciplinares que tematizam as historicidades espectrais. Em um segundo momento, defino o que estou categorizando como linguagens do trauma, do luto e da cura, que se inscrevem enquanto desafios à domesticação imposta pela historiografia disciplinar. Por fim, propondo tensionar os limites do paradigma correspondentista da representação inspirado pelas intervenções de Oliveira, argumento como as possibilidades de subjetivação e abertura para a diferença em nossos contextos de ensino/aprendizagem nas Universidades públicas são atravessadas pelas referidas linguagens, que ensejam a rearticulação de afetos e a abertura para experiências estéticas disruptivas, como a do sublime decolonial.","PeriodicalId":170801,"journal":{"name":"Esboços: histórias em contextos globais","volume":"2 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Esboços: histórias em contextos globais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-7976.2023.e97401","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo toma como ponto de partida as reflexões decoloniais realizadas por Maria da Glória de Oliveira e visa tematizar como contemporaneamente os campos da teoria da história e da história da historiografia no Brasil são confrontados a responderem às linguagens do trauma, do luto e da cura que desafiam os cânones disciplinares. Em um primeiro momento, procuro situar a especificidade da discussão promovida por Maria da Glória de Oliveira em meio a reflexões (in)disciplinares que tematizam as historicidades espectrais. Em um segundo momento, defino o que estou categorizando como linguagens do trauma, do luto e da cura, que se inscrevem enquanto desafios à domesticação imposta pela historiografia disciplinar. Por fim, propondo tensionar os limites do paradigma correspondentista da representação inspirado pelas intervenções de Oliveira, argumento como as possibilidades de subjetivação e abertura para a diferença em nossos contextos de ensino/aprendizagem nas Universidades públicas são atravessadas pelas referidas linguagens, que ensejam a rearticulação de afetos e a abertura para experiências estéticas disruptivas, como a do sublime decolonial.
本文以玛丽亚-达-格洛丽亚-德-奥利维拉(Maria da Glória de Oliveira)的非殖民反思为出发点,旨在论述巴西的历史理论和史学史领域如何同时面临着对创伤、哀悼和愈合语言的回应,这些语言对学科准则提出了挑战。首先,我试图将玛丽亚-达-格洛丽亚-德-奥利维拉(Maria da Glória de Oliveira)推动的讨论的特殊性置于将幽灵历史性主题化的(非)学科反思之中。其次,我将其定义为创伤、哀悼和愈合的语言,它们是对学科史学所强加的驯化的挑战。最后,在奥利维拉干预的启发下,我提出要对通讯主义表述范式的局限性加以限制,我论证了在公立大学的教学/学习环境中,主体化和向差异开放的可能性是如何被这些语言所跨越的,这些语言带来了情感的重新阐述和向破坏性审美体验(如非殖民崇高)的开放性。