Stefani Ferreira Rodrigues Santos, Carla Isabel Macedo, J. G. Castilho, Karin Correa Scheffer, Enio Mori, Micheli Cochi, G. M. M. Caporale, Helena Beatriz de Carvalho Ruthner Batista, S. Achkar
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Abstract
O diagnóstico laboratorial precoce de raiva humana deve ser realizado por testes apropriados, visto que a aplicação de protocolos de tratamento médico em indivíduos internados depende dos resultados laboratoriais. O presente estudo analisou os dados referentes aos 560 casos suspeitos de raiva humana submetidos ao diagnóstico virológico no IP/SP de 1970 a 2020. Houve um avanço das metodologias laboratoriais, especialmente as moleculares que passaram a ser essenciais, possibilitando o tratamento de indivíduos expostos, bem como permitindo a determinação da fonte de infecção dos casos, fato fundamental para a efetividade de ações de controle em regiões vulneráveis à disseminação da doença. Intervenções no ciclo urbano da raiva, por meio de vacinação de cães e gatos e encaminhamento de amostras para diagnóstico diminuiram os casos transmitidos por cães, especialmente no Sudeste, em contrapartida, foi observado um aumento exponencial de casos no mesmo período, nas regiões Norte (32%) e Nordeste (53,3%), com casos relacionados ao ciclo silvestre, tendo os morcegos como principais transmissores (72%), seguidos dos primatas não humanos (6%), e dos canídeos silvestres (1%). Nossos resultados demonstraram a importância do aprimoramento do diagnóstico laboratorial, que é parte essencial na condução de estratégias de controle, bem como de tratamento de indivíduos expostos.