Nathalia Patroni, Tabajara Pimenta Júnior, Rafael Moreira Antônio, Lívia Maria Lopes Stanzani
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Abstract
Muito se discute a respeito dos impactos das atividades humanas no meio ambiente e sobre a importância da sustentabilidade. Hoje, a sociedade passou a cobrar a responsabilização de empresas e acionistas em relação aos impactos socioambientais e à priorização de investimentos sustentáveis. Este trabalho buscou mensurar o desempenho da carteira teórica do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), da bolsa de valores brasileira, como forma de verificar se as empresas ativas em práticas sustentáveis apresentam um melhor desempenho, que seria refletido nos retornos oferecidos pelas variações nas cotações de suas ações. Para este fim, foram calculados os indicadores de desempenho de carteiras de Sharpe, Treynor e Modigliani & Modigliani, usando dados de um período de 15 anos (2006 a 2020). Os resultados mostraram que, no médio prazo, o desempenho do Ibovespa se sobressaiu ao do ISE, mas o mesmo não pode ser afirmado ao se comparar a performance dos índices sob a perspectiva de longo prazo, já que, além de superar o retorno acumulado do Ibovespa, o ISE apresentou menor nível de risco. Desta forma, o presente estudo contribui com a literatura de finanças e sustentabilidade ao trazer evidências empíricas de que o investimento em ações de empresas pertencentes ao ISE pode oferecer aos investidores maiores retornos e menores riscos no longo prazo, se comparadas ao retorno do Ibovespa. Este estudo ainda mostra que é possível desenvolver estratégias de investimentos que estejam alinhadas às práticas socioambientais, mas que também forneçam uma boa expectativa de retorno aos investidores no longo prazo.