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Abstract
A pneumonia é uma das principais causas de mortalidade infantil em todo o mundo. Um dos principais “fatores de risco” da pneumonia refere-se à exposição à fumaça de tabaco e à inalação de poluentes atmosféricos. Métodos: Foram utilizados dados dos elementos climáticos do INMET, do PM2,5 do SISAM e da morbidade por pneumonia do DATASUS de 2009 a 2019. Para a análise dos dados, utilizaram-se os índices de risco dos poluentes atmosféricos e a taxa de morbidade, além de métodos estatísticos exploratórios com o uso do SPSS®. Também realizou-se o mapeamento da taxa de morbidade por meio do software QGis®. Resultados: Existem meses do ano, como março e abril, que superam mais de mil casos mensais, em contrapartida, as menores morbidades oscilam entre 150 e 450 casos, principalmente nos meses de dezembro e janeiro. O PM2,5 mostra uma relação inversa com a morbidade por pneumonia, e ambos estão distribuídos sazonalmente na cidade. No ritmo diário, as condições atmosféricas influenciam no aumento de internações diárias nos dias anteriores, contudo, não exibem um padrão homogêneo. Os dados espaciais mostram diferentes cenários: as maiores taxas de morbidade por pneumonia encontram-se em bairros de baixa (Praça 14 de Janeiro e Ponta Negra) e alta (Tarumã e Santa Etelvina) condição de vulnerabilidade social, no entanto, nota-se a concentração da população idosa e infantil nessas localidades, respectivamente, o que leva a concluir que a manifestação da pneumonia pode estar associada a estrutura etária da população.