Mateus Rodrigues Linhares, Júlia Camargo Gonçalves Cunha, Nayágara Moreira Dias da Silva, Wallace da Silva Gomes, Ana Luiza Reis Maiorquin, Laíse Barcelos Vieira Camêlo, Vinicius Lopes Nunes Gomes, Gustavo Soares Mesquita, Brenda Ramos Parreira Sales, Natália Camelo de Lima, Vitória Espíndula Rocha, José Gustavo Rosso, Tácio Souza Cavalcante Albuquerque, Gabriel Tavares Maciel Luz Costa, Stefane Oliveira Batista, Guilherme Sabatke, Letícia Lima Leite
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Abstract
A bronquiolite é uma infecção viral, de acometimento das vias aéreas inferiores, causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório, e afeta cerca de 60 milhões de lactentes, sendo definida como o primeiro episódio de sibilância dessa faixa etária. Atualmente, o tratamento convencional é de suporte, contudo, apesar dessa recomendação, muito se discute a respeito do amplo uso de corticoides em sua terapêutica. Dessa forma, com o crescente corpo de literatura sobre o uso de corticoterapia no tratamento da bronquiolite viral, foi possível a realização de uma revisão integrativa de literatura por meio da plataforma PubMed, com seleção e análise criteriosa dos artigos, a fim de revisar e analisar as evidências atuais sobre o impacto da corticoterapia na bronquiolite viral. Nesta revisão foi identificado que a bronquiolite possui gravidade variável, normalmente manifestada por formas mais leves, podendo evoluir com maior gravidade em 2 a 6% dos casos. O tratamento recomendado consiste em hidratação e alimentação, lavagem nasal e oxigenoterapia a fim de manter uma saturação acima de 92%, e em casos de esforço respiratório, apneia ou dificuldade de alimentação nota-se a necessidade de acompanhamento hospitalar. Contudo, é referido que independente da gravidade dos casos, a terapia com corticoide no tratamento da bronquiolite viral aguda é contraindicada por consensos nacionais e internacionais por não evidenciar benefícios e possuir inúmeros efeitos adversos. O fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF- 1) promove o crescimento e a síntese de DNA de células-alvo, como células musculares esqueléticas, cartilaginosas e ósseas. Assim, estudos relataram então que a prednisolona, da classe dos glicocorticoides, diminui a atividade do IGF-1 em cerca de 28% dos casos, sendo observado diminuição do crescimento e desenvolvimento das crianças, além de afetar o metabolismo lipídico e gerar uma deposição anormal de gordura, aumentando os casos de obesidade nessas crianças. Portanto, a terapia com glicocorticoides, apesar de amplamente difundida no mundo, é contraindicada por não apresentar benefícios descritos e possuir efeitos adversos severos, devendo conter seu uso.