R. D. Silva, Gilcina Guimarães, Nelson Marinelli Filho, Janyel Trevisol
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Abstract
O alumínio é o segundo metal mais produzido no mundo, atrás apenas do aço, mas em relação a quantidade de energia utilizada no processo de redução do minério de bauxita em alumina (Al2O3) por exigir temperaturas acima de 2000°C, torna o processo de beneficiamento muito mais oneroso em relação a custo e produção de CO2, contribuindo com a siderurgia mundial na geração de cerca de 6,5% na emissão de CO2 do mundo, ou 6,9 bilhões de toneladas de CO2/ano, onde 80% das emissões de gases do efeito estufa resultantes do consumo de energéticos, cerca de 1,36tCO2eq/t. No entanto, todo esforço da indústria na redução do consumo de energia e emissão de CO2 nesta etapa é limitada, devido a particularidade do processo de redução eletrolítica de Hall-Herolut no beneficiamento do minério de alumínio, o que torna a reciclagem o meio de maior viabilidade na redução destes índices. Uma outra possibilidade de obter-se redução no consumo de energia e emissão de CO2 seria nos processos subsequentes à produção do alumínio primário, através da redução de tempo e/ou temperaturas utilizadas nos processos de tratamentos térmicos aplicados em produtos de ligas de alumínio que necessitam de maior resistência, por meio da criação de novas ligas ou adequação de ligas tradicionais que há tempos são utilizadas nas industrias com parâmetros definidos que perderam a competividade mediante ao avanço do conhecimento cientifico, e uma destas ligas é da série 2xxx, liga de Al-Cu classificada nas normas internacionais como JIS AC2B ou SAE A319. Este trabalho tem por objetivo demonstrar a viabilização destas ligas tradicionais há décadas utilizadas no mercado nacional automobilístico a condições que favoreçam as reduções do consumo de energia elétrica e emissão CO2 durante os tratamentos térmicos através da determinação de novos limites dos elementos de liga Cu, Si e Mg.