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Abstract
Os resultados proporcionam inferências a respeito dos rendimentos advindos do aumento da escala de produção nas unidades produtoras de batata e tomate de mesa no Brasil. Para tal análise, avaliou-se dois painéis de custo de produção de cada hortaliça para efeitos de comparação da escala e seu efeito nos rendimentos e no custo médio unitário. No geral, a economia de ganho de escala na produção é mais evidente em culturas que permitem a mecanização, principalmente na colheita, como é o caso da batata. Com o aumento do tamanho da propriedade bataticultora, a mecanização 100% da colheita tornou-se viável, economizando consideravelmente a mão-de-obra, o que reduz o valor médio unitário da produção. Por outro lado, culturas como o tomate de mesa, que não permitem a mecanização da colheita, o benefício dos ganhos de escala sobre os rendimentos é menor. As propriedades de menor escala de tomate têm uma economia importante nos gastos com mão de obra porque muitas são exclusivamente familiares. Apesar desta vantagem, mesmo no caso do tomate de mesa, as propriedades de maior escala obtiveram resultados melhores no presente estudo graças a melhor eficiência do uso dos recursos, resultando numa maior produtividade. Essas propriedades têm custo por hectare muito maior por conta do alto investimento no manejo, mas como os produtores de menor escala não possuem aporte financeiro para tal, acabam tendo produtividade e qualidade inferiores, limitando sua rentabilidade. Assim, uma observação geral do estudo é que os benefícios do ganho de escala nas propriedades horticultoras são mais evidentes nas culturas que permitem uma maior mecanização, sobretudo na colheita, reduzindo os gastos com mão-de-obra.