Consuelo Andrade Simões Clebsch, K. Aniceto, I. Wahnfried, Rodrigo Tokuta Castro, L. Lima, Rita Mileni De Souza Lima, Tereza Cristina Souza de Oliveira
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Abstract
Apesar da abundância de água superficial na região amazônica, sua população utiliza predominantemente o recurso subterrâneo. No Amazonas, as águas subterrâneas são única fonte de água em 71% das sedes municipais. Das 276 aldeias cadastradas no Distrito Sanitário Especial Indígena de Manaus (DSEI-MAO) até 2022, 7,6% possuem sistemas de abastecimento de água provenientes de poços profundos. Com o objetivo de avaliar os padrões de qualidade de água preconizados pela legislação brasileira vigente, este estudo apresenta resultados obtidos a partir das águas de três poços tubulares localizados em áreas rurais autodenominadas como indígenas. Foram realizadas análises de pH, Condutividade Elétrica (CE), Sólidos Totais Dissolvidos (STD), elementos maiores Ca2+, Mg2+, Na+, K+ F-, Cl-, NO2-, Br-, NO3-, PO43- e SO42- e traços Al, As, Ba, Cd, Pb, Cu, Cr, Ni e Zn e coliformes totais e Escherichia coli. Os valores de pH (5,4-6,6) e CE (18,1-106 µS.cm-1) encontrados estão dentro das faixas observadas em estudos anteriores. Os resultados analíticos dos períodos sazonais são típicos de águas fracamente mineralizadas, com variação na classificação química de potássica sulfetada para cálcica cloretada em um dos poços. A sequência de abundância dos cátions é K>Ca>>Na>Mg, com o K+ apresentando concentrações maiores que os demais cátions (até 5,1 mg.L-1), o que é incomum devido à sua baixa mobilidade geoquímica. Por outro lado, as concentrações de SO42- são mais elevadas do que em estudos anteriores (até 9,8 mg.L-1). De modo geral, as águas mostram-se próprias para o consumo humano e não apresentam indícios de contaminantes.