Fernanda Spanier Amador, Maria Carolina Coelho de Freitas
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Abstract
O eixo analítico do presente trabalho versa sobre a criação de memória no laborioso ofício da docência. Visa afirmar que uma aula se produz em gestos. O exercício de travessia e trânsito no fazer de duas professoras no encontro com os esforços de decolonialidade em uma disciplina ministrada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, empreende-se como busca simultânea de transmissão e problematização acerca do que pode nos mover, comover e afetar, na produção da experiência de suportar e testemunhar os incômodos necessários à abertura de novos sentidos, relações e produções de conhecimento. Como fazermos de nossas dores berços de revolta coletiva? Uma aula não versa exatamente sobre o que se sabe, mas parte-se do que se pesquisa, dos problemas construídos e sustentados na inventividade do desejo, coletivamente.