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Abstract
Nascida no início do século XX, Henrietta Lacks, uma mulher negra, desempenhou um papel fundamental no avanço da ciência médica. Durante os anos de 1920 a 1950, nos Estados Unidos, Lacks desenvolveu uma forma agressiva de câncer colo uterino. Durante o tratamento de Lacks, uma pequena amostra de células cancerosas foi retirada de seu corpo sem seu consentimento ou conhecimento. Essas células se tornariam notoriamente conhecidas como "células HeLa". Mas o que torna essas células tão especiais é que ao contrário das células humanas comuns, as células HeLa eram extraordinariamente imortais e podiam ser cultivadas indefinidamente em laboratório. Isso permitiu que os cientistas fizessem pesquisas aprofundadas e avançassem em uma variedade de áreas médicas, incluindo vacinas, terapia genética e oncológica. A velocidade de crescimento acelerada das células HeLa e sua capacidade de divisão ilimitada possibilitam um desenvolvimento rápido e eficiente de tecidos e órgãos celulares. Além disso, o cultivo dessas células é relativamente simples e barato, o que contribui para sua ampla utilização. A distribuição gratuita da linhagem HeLa por parte do laboratório responsável por seu cultivo inicial permitiu progressos importantes em diversas áreas da medicina, nos últimos 70 anos. Objetivo: Abordar sobre revolução científica através da célula HeLa. Método: Este trabalho trata-se de uma revisão sistemática de literatura. Foi elaborado a partir de um levantamento bibliográfico, abrangendo artigos científicos nacionais e livros, nos últimos dez anos. As bases utilizadas foram SciELO, Google Acadêmico e do livro A vida imortal de Henrietta Lacks da autora Rebecca Skloot. Discussão: Sendo assim, pode-se correlacionar o avanço do conhecimento genético nos últimos 70 anos através da extração antiética da biopsia em Henrietta e da pesquisa realizada posteriormente pelo casal George e Margaret Grey. Conclusão: Este estudo confirma que a descoberta da célula HeLa foi um marco insuperável no avanço da medicina e que por meio desse foi necessário a criação de um protocolo rígido e claro, que aborda leis mediante a conduta ética e moral em ensaios clínicos, pesquisas e na relação médico e paciente.