{"title":"O fanatismo como a perturbação mental por excelência no projeto antropológico kantiano","authors":"Geraldo Freire de Lima","doi":"10.20396/kant.v18i00.8673781","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O tema do fanatismo se fez bastante presente na obra do filósofo Immanuel Kant, em especial em seus trabalhos antropológicos, na forma de uma perturbação mental. Entretanto, este assunto, sustentamos, aparece em tais textos de forma fragmentária, sendo mais bem conceitualizado em sua obra sobre a moral e sobre a religião. Neste artigo pretendemos explicitar o porquê, sustentados em três suposições: (1) o sujeito fanatizado produz ao mesmo tempo vários quadros sintomáticos distintos, que podem atravessar várias afecções mentais simultaneamente; (2) em Kant, afirmamos, a sua onomástica das patologias mentais segue o modelo do fanatismo, que, devido a sua estrutura, pode ser considerada a doença mental por excelência; (3) no contexto histórico do pensador, o fanatismo era observável principalmente em conjunturas religiosas e místicas, por isso ele reservou a maior parte de suas conceituações sobre o tema justamente em seus textos sobre a religião e a moral (ética).","PeriodicalId":186429,"journal":{"name":"Kant e-prints","volume":" 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Kant e-prints","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/kant.v18i00.8673781","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O tema do fanatismo se fez bastante presente na obra do filósofo Immanuel Kant, em especial em seus trabalhos antropológicos, na forma de uma perturbação mental. Entretanto, este assunto, sustentamos, aparece em tais textos de forma fragmentária, sendo mais bem conceitualizado em sua obra sobre a moral e sobre a religião. Neste artigo pretendemos explicitar o porquê, sustentados em três suposições: (1) o sujeito fanatizado produz ao mesmo tempo vários quadros sintomáticos distintos, que podem atravessar várias afecções mentais simultaneamente; (2) em Kant, afirmamos, a sua onomástica das patologias mentais segue o modelo do fanatismo, que, devido a sua estrutura, pode ser considerada a doença mental por excelência; (3) no contexto histórico do pensador, o fanatismo era observável principalmente em conjunturas religiosas e místicas, por isso ele reservou a maior parte de suas conceituações sobre o tema justamente em seus textos sobre a religião e a moral (ética).