Bruno Geraldo Guimarães Gonçalves, Vera Lúcia Nogueira
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Abstract
Este artigo pretende elucidar sobre o Movimento Estudantil secundarista do Colégio Estadual Central de Belo Horizonte entre os anos de 1964 e 1977. O recorte temporal se justifica na medida em que representa o período que demarca o cerceamento e a reorganização do movimento na instituição de ensino durante a Ditadura Civil-Militar a partir da criação da Comissão Pró-Grêmio. O Movimento Estudantil foi um dos importantes canais de oposição ao regime autoritário que se instituiu no país com o golpe civil-militar de 1964 (RIDENTI, 2014). Em consequência a essa posição, medidas autoritárias foram tomadas em demasia contra aqueles que se opunham ao governo, cenário que se reproduziu no interior do Colégio Estadual, o que levou os secundaristas a se posicionarem contra todo o autoritarismo e a perseguição que lhes eram impostos pela direção e por agentes da repressão. Em relação ao aporte teórico, o estudo se constituiu perante o diálogo entre a História Cultural e a História Política, algo que vem ganhando destaque em estudos no campo da História da Educação. Para a construção desta pesquisa, recorremos à documentação escolar (MORAES, 2005) referente ao recorte, a relatos de orais de egressos que atuaram no Movimento Estudantil de oposição do Estadual Central dentro da perspectiva da História Oral (THOMPSON, 1998), bem como à análise de conteúdo (BARDIN, 1971) de textos publicados no jornal Caminhando contra o vento, um impresso estudantil produzido no Central na década de 1970.