“VOCÊ NÃO SABE O QUANTO NÓS CAMINHAMOS PARA CHEGAR ATÉ AQUI”: OS DEBATES PIONEIROS SOBRE ENSINO DE HISTÓRIA DIANTE DAS REFORMAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS (DÉCADAS 1960-80)
{"title":"“VOCÊ NÃO SABE O QUANTO NÓS CAMINHAMOS PARA CHEGAR ATÉ AQUI”: OS DEBATES PIONEIROS SOBRE ENSINO DE HISTÓRIA DIANTE DAS REFORMAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS (DÉCADAS 1960-80)","authors":"S. R. Mendes, Lívia Diana Rocha Magalhães","doi":"10.55028/th.v13i25.19378","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetiva-se analisar os debates acerca do ensino de História diante de reformas educacionais instituídas a partir da década de 1970, através das trajetórias de historiadoras que foram pioneiras particularmente no contexto de luta contra a implementação da área de Estudos Sociais, prevista na Lei 5.692/1971, imposta pela ditadura militar. Situar os debates estabelecidos por esse grupo de intelectuais permite interlocuções com questões ainda cadentes sobre a compreensão referente ao ensino de História na escola e nas licenciaturas e os seus limites diante das políticas educacionais brasileiras, em especial, aquelas que visam destituir a potência do conhecimento histórico. Toma-se como suposição que o grupo elaborou um conhecimento sistematizado e situado dentro de um contexto histórico desafiador, autoritário, mas que até hoje serve de marco de memória (HALBWACHS, 2004) para um coletivo de historiadores/as que discute a temática de ensino, mesmo considerando os acúmulos teóricos e experiências obtidos nos contextos pós-ditadura. Considera-se que a memória social é indissociável do contexto de sua produção – marcos sociais (HALBWACHS, 2004) – e das relações que se estabelecem entre experiências vividas (THOMPSON, 1981) e memória (ARÓSTEGUI, 2004).","PeriodicalId":335903,"journal":{"name":"Revista Trilhas da História","volume":" 39","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Trilhas da História","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55028/th.v13i25.19378","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Objetiva-se analisar os debates acerca do ensino de História diante de reformas educacionais instituídas a partir da década de 1970, através das trajetórias de historiadoras que foram pioneiras particularmente no contexto de luta contra a implementação da área de Estudos Sociais, prevista na Lei 5.692/1971, imposta pela ditadura militar. Situar os debates estabelecidos por esse grupo de intelectuais permite interlocuções com questões ainda cadentes sobre a compreensão referente ao ensino de História na escola e nas licenciaturas e os seus limites diante das políticas educacionais brasileiras, em especial, aquelas que visam destituir a potência do conhecimento histórico. Toma-se como suposição que o grupo elaborou um conhecimento sistematizado e situado dentro de um contexto histórico desafiador, autoritário, mas que até hoje serve de marco de memória (HALBWACHS, 2004) para um coletivo de historiadores/as que discute a temática de ensino, mesmo considerando os acúmulos teóricos e experiências obtidos nos contextos pós-ditadura. Considera-se que a memória social é indissociável do contexto de sua produção – marcos sociais (HALBWACHS, 2004) – e das relações que se estabelecem entre experiências vividas (THOMPSON, 1981) e memória (ARÓSTEGUI, 2004).