P. Passos, Denise Corrêa Benzaquem, Evellyn Karine Cruz Da Silva, Cleiton Fantin
{"title":"Notificação de casos de anomalias congênitas no sistema de informação sobre nascidos vivos no estado do Amazonas (2011-2021)","authors":"P. Passos, Denise Corrêa Benzaquem, Evellyn Karine Cruz Da Silva, Cleiton Fantin","doi":"10.55905/rdelosv17.n51-014","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"São considerados anomalias congênitas (AC) todas as alterações estruturais ou funcionais originadas ainda na vida intrauterina, e podem afetar diversas estruturas do corpo. Apresentam etiologia multifatorial, podendo ter causas genéticas, ambientais, nutricionais e infecciosas. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e exploratório de dados do estado do Amazonas provenientes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) desenvolvido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisadas as seguintes variáveis: quantitativo e tipos de ACs, município de procedência, características do recém-nascido, características maternas e obstétricas. As informações coletadas foram do período de 2011 a 2021. Nesse intervalo foram registrados no estado do Amazonas 852.427 nascidos vivos, destes, 4638 (0,5%) foram diagnosticados com algum tipo de AC. Quanto ao ano de maior prevalência de AC tem-se 2011 com 564 casos (12,2%), malformações ou deformidades congênitas do aparelho osteomuscular foi o tipo mais prevalente, responsável por 39,95% das anomalias congênitas. O município com maior número de casos foi Manaus (2855), seguido de Parintins (148). Quanto as características dos recém-nascidos, houve predominância do sexo masculino (56%), o peso ao nascimento foi o considerado normal (67,9%), em relação a cor/raça, a parda (82,7%) predominou, quanto ao índice de Apgar, percebeu-se que 65% e 79,8% dos neonatos apresentaram valores entre 08 e 10 no primeiro e quinto minutos de vida. Quanto ao perfil materno e obstétrico, teve-se uma predominância com mães com faixa etária de 20 a 24 anos (60,6%), a escolaridade materna de 08 a 11 anos (58,4%), quanto ao estado civil 59,2% tratavam de mulheres solteiras, e as consultas de pré-natal a maioria fez de sete a mais consultas (40,5%). Em 67,5% dos casos a gestação durou de 37 a 41 semanas, sobre o tipo de parto 51,9% foram por via cesárea. O presente estudo analisou os casos de anomalias congênitas no estado do Amazonas, trazendo em discussão fatores importantes que podem estar direto ou indiretamente envolvidos no desenvolvimento dessa condição. Ademais, a importância dos profissionais de saúde em acompanhar as condições de vida e saúde da gestante, considerando com atenção os fatores de risco e as causas preveníveis das anomalias congênitas.","PeriodicalId":345661,"journal":{"name":"DELOS: DESARROLLO LOCAL SOSTENIBLE","volume":"47 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"DELOS: DESARROLLO LOCAL SOSTENIBLE","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55905/rdelosv17.n51-014","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
São considerados anomalias congênitas (AC) todas as alterações estruturais ou funcionais originadas ainda na vida intrauterina, e podem afetar diversas estruturas do corpo. Apresentam etiologia multifatorial, podendo ter causas genéticas, ambientais, nutricionais e infecciosas. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e exploratório de dados do estado do Amazonas provenientes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) desenvolvido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisadas as seguintes variáveis: quantitativo e tipos de ACs, município de procedência, características do recém-nascido, características maternas e obstétricas. As informações coletadas foram do período de 2011 a 2021. Nesse intervalo foram registrados no estado do Amazonas 852.427 nascidos vivos, destes, 4638 (0,5%) foram diagnosticados com algum tipo de AC. Quanto ao ano de maior prevalência de AC tem-se 2011 com 564 casos (12,2%), malformações ou deformidades congênitas do aparelho osteomuscular foi o tipo mais prevalente, responsável por 39,95% das anomalias congênitas. O município com maior número de casos foi Manaus (2855), seguido de Parintins (148). Quanto as características dos recém-nascidos, houve predominância do sexo masculino (56%), o peso ao nascimento foi o considerado normal (67,9%), em relação a cor/raça, a parda (82,7%) predominou, quanto ao índice de Apgar, percebeu-se que 65% e 79,8% dos neonatos apresentaram valores entre 08 e 10 no primeiro e quinto minutos de vida. Quanto ao perfil materno e obstétrico, teve-se uma predominância com mães com faixa etária de 20 a 24 anos (60,6%), a escolaridade materna de 08 a 11 anos (58,4%), quanto ao estado civil 59,2% tratavam de mulheres solteiras, e as consultas de pré-natal a maioria fez de sete a mais consultas (40,5%). Em 67,5% dos casos a gestação durou de 37 a 41 semanas, sobre o tipo de parto 51,9% foram por via cesárea. O presente estudo analisou os casos de anomalias congênitas no estado do Amazonas, trazendo em discussão fatores importantes que podem estar direto ou indiretamente envolvidos no desenvolvimento dessa condição. Ademais, a importância dos profissionais de saúde em acompanhar as condições de vida e saúde da gestante, considerando com atenção os fatores de risco e as causas preveníveis das anomalias congênitas.