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Abstract
Defumação ou ação para a reconstrução (2021) acompanha a queimada do incenso palo santo sobre uma base de dildo preto de borracha destruído, posicionado na região genital, e é a defumação do fantasma fraseado da masculinidade, personificado na figura paterna, que assombrava o artista quando criança. “- Não seja igual o teu pai”. A série fotográfica conecta a ação, a destruição do (meu) falo** (2019), em que o artista assimilou as representações, dionisíaca (um membro assustador) e sadomasoquista (violador)***, ofertadas à homens negros pela branquitude e tencionou a destruição através da antropofagia coletiva do símbolo, uma vez que a mãe negra não teria que ser guerreira se o pai negro não tivesse sido pressionado para representar o papel da violência. Diferente da percepção ocidental, deformando e oferecendo a autodestruição, o falo negro é força de afirmação e transgressão. Ele é o ogó que Exu porta e com ele transforma, antes de um caráter de reprodução, é o fluxo de sangue vivo do movimento da vida. Desse modo, por meio da fumaça, o primeiro elo de comunicação com o ancestral, proponho a reconstrução articulando outra relação com a masculinidade.