Welinagila Grangeiro De Sousa, Madson Tavares Silva, M. Siqueira, H. Gomes, Gabriel de Oliveira, Thieres George Freire Da Silva, E. P. Cavalcanti
{"title":"Variabilidade espaço temporal da seca meteorológica nas microrregiões do MATOPIBA","authors":"Welinagila Grangeiro De Sousa, Madson Tavares Silva, M. Siqueira, H. Gomes, Gabriel de Oliveira, Thieres George Freire Da Silva, E. P. Cavalcanti","doi":"10.26848/rbgf.v17.1.p01-21","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A seca é um evento natural recorrente,e sua avaliação é primordial em locais suscetíveis, a citar a região do MATOPIBA, um acrônimo dos quatro estados que a compõe (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a qual vem sendo bastante explorada. Portanto, objetivou-se através deste trabalho identificar e compreender a variabilidade espaço temporal de eventos de secas meteorológicas ocorridas nas microrregiões pertencentes ao MATOPIBA através de técnicas de análise de serie temporais. Utilizou-se séries de dados históricos mensais de precipitação e temperatura do ar para o período de 1961 a 2018 provenientes das reanálises do CRU-TS-4.03. A caracterização da seca se deu através do Índice Padronizado de Precipitação e Evapotranspiração-SPEI, especificamente o SPEI com incidência de doze meses (SPEI-12), o qual caracteriza uma interface da seca meteorológica. As microrregiões com características homogêneas do SPEI-12 foram obtidas por meio da análise de agrupamento, assim como aplicação dos testes não-paramétricos de Mann-Kendall e Sen’s e de homogeneidade de Pettitt para verificar os padrões temporais para a região. Desse modo, através da variabilidade das secas na região foi possível observar o aumento progressivo de intensidade e magnitude desse evento em toda a região, com ênfase nos períodos mais recentes. Além disso, constatou-se que o grupo mais seco foi o Grupo 5, o qual engloba grande parte do estado do Tocantins (com exceção de três micros) e uma microrregião do extremo sul maranhense. Em contrapartida, destaca-se o Grupo 1 como o mais úmido do período analisado, o qual abrange o sudoeste do Maranhão e norte do Tocantins. Quanto às análises de tendências, identificou-se que todas as micros analisadas apresentaram tendências decrescentes significativas, acarretando no aumento dos eventos de secas na região durante os anos avaliados.Palavras-chave: Índice de precipitação e evapotranspiração, variabilidade, agrupamento, tendência.","PeriodicalId":436739,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Geografia Física","volume":"55 21","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Geografia Física","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26848/rbgf.v17.1.p01-21","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A seca é um evento natural recorrente,e sua avaliação é primordial em locais suscetíveis, a citar a região do MATOPIBA, um acrônimo dos quatro estados que a compõe (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a qual vem sendo bastante explorada. Portanto, objetivou-se através deste trabalho identificar e compreender a variabilidade espaço temporal de eventos de secas meteorológicas ocorridas nas microrregiões pertencentes ao MATOPIBA através de técnicas de análise de serie temporais. Utilizou-se séries de dados históricos mensais de precipitação e temperatura do ar para o período de 1961 a 2018 provenientes das reanálises do CRU-TS-4.03. A caracterização da seca se deu através do Índice Padronizado de Precipitação e Evapotranspiração-SPEI, especificamente o SPEI com incidência de doze meses (SPEI-12), o qual caracteriza uma interface da seca meteorológica. As microrregiões com características homogêneas do SPEI-12 foram obtidas por meio da análise de agrupamento, assim como aplicação dos testes não-paramétricos de Mann-Kendall e Sen’s e de homogeneidade de Pettitt para verificar os padrões temporais para a região. Desse modo, através da variabilidade das secas na região foi possível observar o aumento progressivo de intensidade e magnitude desse evento em toda a região, com ênfase nos períodos mais recentes. Além disso, constatou-se que o grupo mais seco foi o Grupo 5, o qual engloba grande parte do estado do Tocantins (com exceção de três micros) e uma microrregião do extremo sul maranhense. Em contrapartida, destaca-se o Grupo 1 como o mais úmido do período analisado, o qual abrange o sudoeste do Maranhão e norte do Tocantins. Quanto às análises de tendências, identificou-se que todas as micros analisadas apresentaram tendências decrescentes significativas, acarretando no aumento dos eventos de secas na região durante os anos avaliados.Palavras-chave: Índice de precipitação e evapotranspiração, variabilidade, agrupamento, tendência.