Celso DE Arruda Souza, E. S. Oliveira Júnior, Sandra de Souza Hacon
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Abstract
A Amazônia brasileira é a maior floresta tropical da América do Sul e fornece pluralidade ecossistêmica que beneficia a sociedade. Realizou-se pesquisa bibliográfica com o objetivo de identificar a produção sobre as evidências dos impactos negativos da expansão da atividade agropecuária sobre a Floresta Amazônica nos municípios mato-grossenses de Alta Floresta e Sinop, durante o período de 2000 a 2020. Os serviços ecossistêmicos mais abordados foram os de suporte (27 artigos), suporte, regulação e provisão (23 artigos), suporte e regulação (18 artigos), regulação (10 artigos) e de suporte e cultural (7 artigos). Do total, 48% das pesquisas envolveram os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal e 33% dos estudos foram realizados no Mato Grosso, demonstrando nas pesquisas a preocupação com a situação ambiental no Estado. O maior número de artigos (31,3%) aponta a Floresta Amazônica como fornecedora de três classes de serviços; (I) manutenção da biodiversidade; (II) diversidade biológica (incluindo genes e espécies) e (III) ciclagem de nutrientes, fotossíntese e água potável; 58% dos artigos descrevem a Amazônia em três classes de trocas de serviços (trade-off): (I) exploração de madeira seletiva; (II) desmatamento para extração mineral; e (III) corte raso da floresta. Em escala local, no período 2000 a 2020, municípios de Sinop e Alta Floresta, situados no Arco do Desmatamento, perderam em média 61% da vegetação nativa. Enquanto a monocultura em Sinop representou 67% da ocupação do território, em Alta Floresta a pecuária foi responsável por 30% da transformação da área de vegetação nativa.