{"title":"O PAPEL DO RISO E DO ESCÁRNIO NAS CHARGES DE HENFIL: MEMÓRIAS RESSENTIDAS DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA","authors":"Dayse De Jesus Rocha","doi":"10.55028/th.v13i25.18316","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A história e o historiador produzem o diálogo composto pelo entrelaçamento das memórias percebidas e não percebidas e os sentidos dados a elas pelos sujeitos. Dentro desta perspectiva de memória, nasce a inquietação de investigar, qual o papel do riso. Se ele é sentido ou ressentido, no contexto da ditadura civil militar entre os anos de 1960 a 1980. O objetivo desta pesquisa consiste, portanto, em fazer um estudo das charges criadas pelo cartunista Henrique de Sousa Filho (Henfil) e seu trabalho realizado no semanário, O Pasquim, bem como, a forma que elas foram trabalhadas no contexto de censura e ditatorial do Brasil. Nesse propósito, serão trabalhados os conceitos de memória, ressentimento, riso, humor político e as formas de como esses afetos transitam no meio social e coletivo. Através do saber histórico e as formas recentes do fazer história, surgem novas práticas discursivas e, uma nova posição é assumida pelo sujeito numa determinada conjuntura histórica. Desta forma, para entender como parte de um processo de linguagem funciona, será feita uma reflexão sobre quem a realiza, onde se realiza, através de quais meios, as motivações que impulsionam a ação. Desta maneira, recorro às charges de Henfil, lançadas na revista Fradim em 1972, como recorte documental, com o intuito de viabilizar o entendimento da ação artística, suas linguagens e a forma que estas revelam intenções que vislumbram mudanças nas políticas públicas, de modo, a alcançar todas as classes sociais, através do conjunto dos rastros deixados pela construção das memórias e dos traumas ocorridos nas sociedades.","PeriodicalId":335903,"journal":{"name":"Revista Trilhas da História","volume":"22 19","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Trilhas da História","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55028/th.v13i25.18316","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A história e o historiador produzem o diálogo composto pelo entrelaçamento das memórias percebidas e não percebidas e os sentidos dados a elas pelos sujeitos. Dentro desta perspectiva de memória, nasce a inquietação de investigar, qual o papel do riso. Se ele é sentido ou ressentido, no contexto da ditadura civil militar entre os anos de 1960 a 1980. O objetivo desta pesquisa consiste, portanto, em fazer um estudo das charges criadas pelo cartunista Henrique de Sousa Filho (Henfil) e seu trabalho realizado no semanário, O Pasquim, bem como, a forma que elas foram trabalhadas no contexto de censura e ditatorial do Brasil. Nesse propósito, serão trabalhados os conceitos de memória, ressentimento, riso, humor político e as formas de como esses afetos transitam no meio social e coletivo. Através do saber histórico e as formas recentes do fazer história, surgem novas práticas discursivas e, uma nova posição é assumida pelo sujeito numa determinada conjuntura histórica. Desta forma, para entender como parte de um processo de linguagem funciona, será feita uma reflexão sobre quem a realiza, onde se realiza, através de quais meios, as motivações que impulsionam a ação. Desta maneira, recorro às charges de Henfil, lançadas na revista Fradim em 1972, como recorte documental, com o intuito de viabilizar o entendimento da ação artística, suas linguagens e a forma que estas revelam intenções que vislumbram mudanças nas políticas públicas, de modo, a alcançar todas as classes sociais, através do conjunto dos rastros deixados pela construção das memórias e dos traumas ocorridos nas sociedades.