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Abstract
O objetivo deste artigo é investigar o discurso historiográfico construído pela série de televisão 90 anos de cinema: uma aventura brasileira (1988), dirigida por Eduardo Escorel e Roberto Feith, produzida pela Metavídeo e exibida pela extinta TV Manchete. O roteiro da série de seis episódios ficou a cargo de Eduardo Coutinho. Entre os tópicos analisados neste texto, foram examinados: a forma panorâmica assumida pela série televisiva; o estabelecimento do Cinema Novo como marco teleológico; o olhar crítico em torno das possíveis “revisões” do passado do cinema brasileiro; e a “vocação realista” que fundamenta e dá coerência às linhas de continuidade de uma história diversificada e desviante. Apontam-se dois exemplos de inovação que a série traz ao campo da historiografia sobre o cinema brasileiro. O primeiro diz respeito ao destaque dado à prática da “cavação”. O segundo relaciona-se à revalorização de uma chanchada, Balança mas não cai (1953), como um passo decisivo na trajetória de Nelson Pereira dos Santos rumo à realização de Rio, 40 graus (1955).