{"title":"O IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NAS HOSPITALIZAÇÕES POR CÂNCER","authors":"Pamela dos Santos Monteiro","doi":"10.59788/resp.v2i1.57","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: Analisar o impacto da pandemia na incidência de hospitalizações por câncer, em São Paulo, considerando o período de janeiro de 2017 a agosto de 2021. Método: Estudo ecológico com dados secundários provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e seus subsistemas. Hospitalizações incluídas de acordo com o capítulo de Neoplasias da CID-10 e tabuladas no Microsoft Excel. O período estudado considerou dois períodos-controle: pré-pandêmico (2017- 2019) e pós-pico pandêmico (2021) e um período pandêmico (2020). Utilizou-se estatística descritiva para as diferentes neoplasias malignas. Foi feita a correlação de Spearman e a normalização dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. Além disso, por meio da regressão linear estimou-se a variação das hospitalizações por câncer na cidade de São Paulo, SP. O nível de significância foi de 5% e o software estatístico utilizado foi Stata® versão 12.0. Resultados: O número de hospitalizações por neoplasias malignas durante os anos de 2017 a 2019 não manteve um padrão. Além disso, a partir de março de 2020 houve uma redução geral na frequência de hospitalizações e durante este ano foram observadas variações particulares para cada CID. Em 2021, podemos ver a retomada do crescimento das hospitalizações, que, em alguns casos, retorna aos valores pré-pandemia e, em outros, ultrapassam os do período entre 2017-2019. Conclusão: Entende-se que os diferentes padrões para as hospitalizações se devem às diferenças etiológicas e fisiopatológicas entre as neoplasias malignas. Medidas de prevenção à covid e estão associados à redução da frequência das hospitalizações. Além disso, o posterior aumento das hospitalizações está associada ao início da vacinação contra este vírus ou ao agravo de doença daqueles que abandonaram o tratamento oncológico.","PeriodicalId":155647,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Saúde Pública - RESP","volume":"18 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Epidemiologia e Saúde Pública - RESP","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.59788/resp.v2i1.57","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Objetivo: Analisar o impacto da pandemia na incidência de hospitalizações por câncer, em São Paulo, considerando o período de janeiro de 2017 a agosto de 2021. Método: Estudo ecológico com dados secundários provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e seus subsistemas. Hospitalizações incluídas de acordo com o capítulo de Neoplasias da CID-10 e tabuladas no Microsoft Excel. O período estudado considerou dois períodos-controle: pré-pandêmico (2017- 2019) e pós-pico pandêmico (2021) e um período pandêmico (2020). Utilizou-se estatística descritiva para as diferentes neoplasias malignas. Foi feita a correlação de Spearman e a normalização dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. Além disso, por meio da regressão linear estimou-se a variação das hospitalizações por câncer na cidade de São Paulo, SP. O nível de significância foi de 5% e o software estatístico utilizado foi Stata® versão 12.0. Resultados: O número de hospitalizações por neoplasias malignas durante os anos de 2017 a 2019 não manteve um padrão. Além disso, a partir de março de 2020 houve uma redução geral na frequência de hospitalizações e durante este ano foram observadas variações particulares para cada CID. Em 2021, podemos ver a retomada do crescimento das hospitalizações, que, em alguns casos, retorna aos valores pré-pandemia e, em outros, ultrapassam os do período entre 2017-2019. Conclusão: Entende-se que os diferentes padrões para as hospitalizações se devem às diferenças etiológicas e fisiopatológicas entre as neoplasias malignas. Medidas de prevenção à covid e estão associados à redução da frequência das hospitalizações. Além disso, o posterior aumento das hospitalizações está associada ao início da vacinação contra este vírus ou ao agravo de doença daqueles que abandonaram o tratamento oncológico.