{"title":"VIOLÊNCIA DIRECIONADA: CERCAMENTOS E EXPROPRIAÇÕES SOBRE OS TERRITÓRIOS CAMPONESES NA AMAZÔNIA","authors":"Lucas Ramos de Matos","doi":"10.21170/geonorte.2024.v.15.n.47.114.133","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O fenômeno da invasão de Áreas Protegidas e territórios comunitários impôs significativas mutações territoriais na região Amazônia. Um verdadeiro abaixo as fronteiras da natureza se mostra sobre as florestas nativas e os territórios dos povos comunitários. Analisa-se, neste artigo, aspectos dos conflitos territoriais entorno de recursos naturais (terra, água, madeira, minério, etc.) resultados desse processo. Neste caso, utilizamos como referência empírica o complexo conflito na reserva em bloco do PA Margarida Alves, na região central de Rondônia. Por meio de uma abordagem amparada na etnogeografia, “explorando” o cotidiano dos conflitos por terra, território e natureza, tentaremos demonstrar que, em um complexo geopolítico de radicalismos, causas interativas e efeitos, houve uma ruptura com as práticas conservacionistas localmente impulsionada pelo choque de forças exógenas e coerências territoriais endógenas. Neste sentido, explicitamos o foco desta abordagem nas dimensões da realidade empírica dos conflitos territoriais acirrados pelos regimes de expropriações e cercamentos sobre as Áreas Protegidas e os territórios comunitários na Amazônia. Observou-se que a situação das famílias camponesas do PA Margarida Alves ficou invisível diante de um regime histórico de expropriação e cercamentos sobre o território camponês.","PeriodicalId":364854,"journal":{"name":"REVISTA GEONORTE","volume":"50 42","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVISTA GEONORTE","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.v.15.n.47.114.133","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O fenômeno da invasão de Áreas Protegidas e territórios comunitários impôs significativas mutações territoriais na região Amazônia. Um verdadeiro abaixo as fronteiras da natureza se mostra sobre as florestas nativas e os territórios dos povos comunitários. Analisa-se, neste artigo, aspectos dos conflitos territoriais entorno de recursos naturais (terra, água, madeira, minério, etc.) resultados desse processo. Neste caso, utilizamos como referência empírica o complexo conflito na reserva em bloco do PA Margarida Alves, na região central de Rondônia. Por meio de uma abordagem amparada na etnogeografia, “explorando” o cotidiano dos conflitos por terra, território e natureza, tentaremos demonstrar que, em um complexo geopolítico de radicalismos, causas interativas e efeitos, houve uma ruptura com as práticas conservacionistas localmente impulsionada pelo choque de forças exógenas e coerências territoriais endógenas. Neste sentido, explicitamos o foco desta abordagem nas dimensões da realidade empírica dos conflitos territoriais acirrados pelos regimes de expropriações e cercamentos sobre as Áreas Protegidas e os territórios comunitários na Amazônia. Observou-se que a situação das famílias camponesas do PA Margarida Alves ficou invisível diante de um regime histórico de expropriação e cercamentos sobre o território camponês.